Vizinho filmado sem roupas dentro de apartamento será indenizado por condomínio

Publicado em 17/12/2025, às 09h46
Foto Ilustrativa/Freepik
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Por TNH1 com Assessoria TJAL

Um condomínio em Maceió foi condenado a pagar R$ 10 mil por danos morais devido à negligência na proteção dos direitos de um morador, que foi filmado nu e teve as imagens divulgadas em um grupo de WhatsApp.

O morador alegou ter sofrido xingamentos e agressões, incluindo um ataque físico com um extintor de incêndio, enquanto o condomínio não tomou medidas para ajudá-lo na situação.

O juiz enfatizou que o condomínio deve garantir a segurança e o bem-estar dos moradores, responsabilizando-o por não agir contra condutas ilícitas que ocorrem em sua comunidade.

Resumo gerado por IA

Um condomínio, localizado no bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió, foi condenado a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais após a justiça entender "negligência com a proteção dos direitos individuais de um morador". 

O vizinho afrmou que, em um momento de descuido, foi filmado sem roupas por um vizinho e que o morador divulgou os registros em um grupo de WhatsApp do condomínio, com mais de 300 pessoas. 

Ele disse ainda ter sido alvo de xingamentos como "pedófilo", "assediador" e "estuprador". Além disso, um extintor de incêndio foi arremessado em sua janela, quebrando o vidro e ferindo-o.

Segundo o autor da ação, o condomínio foi omisso diante da situação e não prestou qualquer auxílio para solucionar o problema. 

Em sua defesa, o condomínio alegou que a responsabilidade dos atos é pessoal e não do ente condominial, pois as imagens não haviam sido gravadas por câmeras do condomínio e a divulgação ocorreu em um grupo privado de WhatsApp. 

O juiz José Cícero Alves destacou que o condomínio tem o dever de zelar pela segurança e bem-estar de seus moradores. "O condomínio, como gestor da coletividade e ambiente de moradia, tem o dever de zelar pela segurança e bem-estar de seus condôminos, o que inclui a tomada de medidas razoáveis para coibir condutas ilícitas que se desenvolvam em seu âmbito, ainda que por meio de canais de comunicação entre moradores", ressaltou.

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