Você já ouviu falar a respeito de uma mina de sal chamada Wieliczka? Esse lugar surreal fica situado na região metropolitana da cidade de Cracóvia, na Polônia, e não pense que se trata de um sítio focado exclusivamente no extrativismo. Apesar de no passado essa ter sido a atividade exercida em Wieliczka, a mina foi se transformando com o passar do tempo e hoje ela abriga uma incrível cidade subterrânea toda esculpida em sal.
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A mina de sal de Wieliczka existe desde o século 13 e, durante a Renascença, foi um dos principais polos comerciais da Europa, uma vez que o sal era um ingrediente essencial para a preservação de alimentos. É claro que a mina se tornou superfamosa e foi visitada por muitos figurões ilustres ao longo dos séculos — entre eles Copérnico, Goethe e Chopin — e foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1978, mas as atividades de extração mesmo perduraram até o final da década de 90.
De acordo com Starre Vartan, do site Mother Nature Network, atualmente, a mina é uma das principais atrações turísticas da Polônia e recebe mais de um milhão de visitantes todos os anos. E ela é imensa! Wieliczka tem mais de 300 metros de profundidade e quase 300 quilômetros de extensão — embora “apenas” pouco mais de três quilômetros estejam abertos à visitação.Esquema que mostra como a mina de sal se distribui (Wikimedia Commons/Willem Hondius)
Entretanto, nesses três quilômetros é possível encontrar diversas esculturas e salões adornados com relevos e outras obras de arte feitas em sal. As criações mais antigas foram criadas pelos mineiros que trabalharam em Wieliczka — e foram deixando sua marca nas paredes, túneis e demais espaços da mina.
Existem, por exemplo, diversas cenas de rimas locais e contos de fadas talhadas nas paredes, e também uma câmara cujas paredes foram esculpidas para imitar a aparência de madeira. A mina conta ainda com imensos lustres de cristal do século 19 e abriga um lago e uma belíssima catedral de sal em seu interior.
Outra coisa curiosa é que, apesar de Wieliczka ficar nas profundezas, ela conta com um resort indicado para pessoas que sofrem de problemas respiratórios — e que inclusive oferece estadia para quem quiser passar a noite por lá. Dizem que o “ar” no interior da mina é medicinal, já que ele seria desprovido da poluição exterior, de agentes alergênicos, bactérias ou fungos, e que a profundidade protegeria os visitantes da radiação eletromagnética.
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