Zoológico onde jovem foi morto por leoa reabre hoje na Paraíba

Publicado em 18/12/2025, às 12h08
Arquivo/Secom JP
Arquivo/Secom JP

Por Folhapress

O Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em João Pessoa, reabre hoje ao público, semanas após um jovem ser morto por uma leoa ao invadir o recinto dela.

A reabertura ocorre após quase 20 dias de fechamento. "Chegou a hora de reabrir as portas da Bica para receber novamente a população. Com responsabilidade, cuidado e dedicação, o parque volta a acolher visitantes para momentos de lazer, aprendizado e contato com a natureza", escreveu a direção nas redes sociais.

O local terá uma reabertura parcial, com limite de visitantes. Também haverá o controle de acesso, reforço na segurança e novas sinalizações, informou em nota.

O parque afirma que leoa Leona, envolvida na morte de Gerson de Melo Machado, terá um protocolo específico e monitoramento contínuo.

O espaço esclareceu que ainda haverá critérios técnicos para a abertura ou fechamento da área do animal. Eles não informaram se será possível ver Leona no primeiro dia de reabertura.

Ainda segundo o Parque, houve revisão completa das estruturas, protocolos e rotinas de segurança, que seguem as recomendações dos órgãos de controle. Entre as medidas estão revisão de estruturas, grades, barreiras, vigilância, normas operacionais, entre outros. "Agora também está proibido a entrada com balões", acrescentaram.

Equipes foram treinadas para identificar e prestar apoio a pessoas com vulnerabilidades psíquicas, divulgou o parque. Os funcionários poderão auxiliar no encaminhamento adequado e apoio da rede de saúde.

Gerson de Melo Machado, 18, tinha transtorno mental e invadiu o recinto do animal na manhã de 30 de novembro. Vídeos feitos por frequentadores do parque circulam nas redes sociais mostrando o desenrolar do incidente com detalhes. Ao fundo, em diversos momentos, é possível ouvir as pessoas que estão observando as cenas tentando dissuadir o homem da invasão.

Um vídeo mostra primeiro o homem, que veste camiseta branca e bermuda azul clara, no topo de um muro alto que circunda o recinto da leoa. Ele se agarra a uma cerca de arame em cima do muro e se movimenta até chegar perto de uma árvore que se ergue dentro do espaço do animal.

A leoa, que estava deitada perto da parede, levanta-se rápido quando nota o homem descendo ao chão, abraçado à árvore, e se aproxima dele. Antes que o homem termine a descida, a leoa o morde na altura do quadril e o arrasta para o chão. É possível ouvir os gritos de horror dos frequentadores, inclusive de crianças.

O homem aparece ensanguentado e com as roupas rasgadas no chão em seguida. A leoa também está suja de sangue deitada a pouco metros. Uma voz masculina, ao fundo, pergunta se seria possível atrair o animal para outro lado.

Perícia feita no corpo do jovem apontou que o rapaz morreu por hemorragia provocada por lesões no pescoço. Essa foi a única informação divulgada até o momento, visto que o laudo de necropsia completo ainda não está pronto, de acordo com a Polícia Científica.

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