A cúpula da Secretaria de Segurança Pública apresentou no fim da tarde desta terça-feira, 30, os resultados da ação policial que resultou na morte de 8 suspeitos de crimes no Sertão, além da prisão de outro dois integrantes da mesma quadrilha, envolvida em homicídios,assaltos a bancos, lotéricas, supermercado e também tráfico de drogas.
Segundo secretária adjunta da Secretaria de Segurança Pública (SSP) Lucy Mônica, foram apreendidos em poder dos suspeitos 6 pistolas, duas espingardas, um revólver, dois coletes à prova de balas, além de 1.800 reais em dinheiro, balaclavas e 6 quilos de maconha.
A delegada também anunciou a prisão de dois suspeitos. Foram presos os indivíduos identificados pelas alcunhas de Cabelo e Bolinha. Os dois, segundo a polícia tinham ligação com o bando. Um criminoso identificado como Sidney Mosca, considerado o chefe da quadrilha, está foragido.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Cavalcante, a quadrilha já vinha sendo investigada há um bom tempo. "Eles vieram da Bahia fugindo de um grupo rival e vieram à Alagoas para se fortalecer, com venda de drogas, assalto a bancos e roubo de armas. Nós tínhamos a informação de que eles estavam divididos nos bairros de 359 Casas e também no bairro de Campo Grande. Então armamos uma tocaia para poder efetuar a prisão, mas por volta das 9h30 da manhã de hoje, ao fazermos a investida fomos recebidos a tiros pelo grupo".
Os oito suspeitos mortos foram identificados pela polícia como Jonathan, Big, Oinho, Bexo, Márcio, Robson, Miltinho e Priquitinho.
Sobre a morte de oito integrantes da quadrilha, o delegado Rodrigo Cavalcante disse que os policiais agiram no estrito cumprimento do dever legal. “A polícia agiu com base na lei, na defesa de terceiros, com muito controle”, disse o delgado. Segundo ele, a quadrilha estava se armando para ‘tocar o terror’ na região do Alto Sertão.
Ainda de acordo com o delegado, é muito provável que essa quadrilha seja a responsável pelo assalto ao banco de Traipu, já que, informações da delegacia de roubo a bancos, dão conta de que as armas e as características dos bandidos são idênticas as do grupo que roubou o banco.
Cavalcanti diz ainda que o grupo é responsável pelo assalto a um correspondente bancário em Delmiro, ao roubo a uma loteria em Olho D"Água do Casado (AL), um supermercado e a Unidade de Pronto Atendimento de Delmiro, onde levaram a arma do vigilante.
Troca de tiros
A polícia explicou ainda que o bando, dividido em dois locais diferentes, provavelmente estava voltando do assalto ao banco de Traipú quando chegaram a uma casa alugada há 15 dias, no bairro de Campo Grande, em Delmiro, às 9h30 da manhã.
O tenente coronel Fontes, da delegacia de Delmiro, explicou que o grupo havia alugado uma casa de primeiro andar, justamente para defende-se de um possível confronto com grupos rivais ou eventualmente com a polícia. “Eles escolheram um local com primeiro andar, para poder ter uma visão privilegiada e também a possibilidade de se defender”, afirmou.
Apesar disso, apenas um policial foi atingido durante a ação. Ele levou um tiro de raspão na região do abdômen, que atingiu o colete a prova de balas. Um total de 40 policiais participaram da ação.
Um delegado será designado pelo diretor geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, para investigar o caso.
Perícia
Segundo Cavalcanti, a perícia não foi ao local do crime para fazer os procedimentos cabíveis para a investigação do caso, devido a distância entre Maceió, onde fica a sede da Perícia Oficial, a Delmiro Gouveia que é de cerca de 300 km.
“Devido à distância muito grande e também porque alguns dos atingidos estavam ainda vivos, nós chamamos o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para fazer esse atendimento”, explicou.
Segundo o delegado, quando a perícia chegasse ao local do crime, os feridos já estariam mortos.
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