Saúde

Gestantes e bebês: investimentos derrubam mortalidade infantil em Alagoas

26/05/18 - 08h14

Os investimentos em toda a rede de atendimento materno-infantil desde 2015 tiraram Alagoas do mapa nacional da mortalidade de crianças. No ano de 2017, o Estado conseguiu manter a melhoria dos indicadores com uma redução de 12,27%, enquanto o número de óbitos no país voltou a crescer após 13 anos de queda consecutiva.

Essa mudança histórica é resultado do aporte de recursos e ações voltadas para a aquisição de novos equipamentos nas maternidades, a ampliação de leitos de UTI Neonatal, o repasse para os municípios e a qualificação na área de reanimação neonatal.  Para manter essa queda nos próximos anos, o governo aposta também em programas como o de Complementação Alimentar e Nutricional, voltado para gestantes e nutrizes em situação de vulnerabilidade, e da Primeira Infância, que atua no cuidado com as crianças da gestação aos seis anos de vida.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a mortalidade infantil em Alagoas é atualmente de 13,40 óbitos para cada mil nascidos vivos. No último ano da gestão passada, em 2014, esse índice era de 15,04 mortes para cada mil nascidos vivos, o que representa uma queda de 12,27%, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde (MS).

Os dados apontam ainda que, de 2014 até o ano passado, a tendência de queda nos índices de mortalidade infantil segue firme ano a ano.  Em 2015, a taxa caiu para 14,65. E em 2016, para 13,97.

“Temos estimulado as mulheres a realizarem o pré-natal, criando a oferta de testes rápidos e, com isso, temos conseguido diminuir a transmissão vertical do vírus HIV. Estas medidas buscam garantir acolhimento e captação precoce da gestante, além de ampliar o acesso aos serviços de saúde e melhorar a qualidade do pré-natal”, afirmou Alessandra Viana, coordenadora do Núcleo da Saúde para a Primeira Infância da Sesau.

Ela ressaltou que a ampliação do acesso aos serviços de saúde e a qualificação da Rede de Atenção à Saúde, que vai desde a gestação, passando pelo parto até o bebê completar um ano de vida, foram fundamentais para o resultado nesses quase quatro anos. “Com um olhar humanizado e voltado para a primeira infância, estamos conseguindo mudar indicadores que se refletem em melhores condições de saúde para este público”, afirma.

Os esforços do governo para a mudança desse indicador, que, durante anos, colocou Alagoas como campeão nacional de mortalidade infantil, envolvem secretarias e ações que vão além do atendimento à saúde, como as campanhas de conscientização para os benefícios da amamentação, nutrição, inclusão social e a construção de novas unidades.

Entre os investimentos em estrutura mais importantes para a manutenção da redução da mortalidade infantil está o Hospital da Mulher, que ficará pronto no segundo semestre deste ano e irá contar com 127 leitos.

Quando estiver em funcionamento, o hospital terá capacidade para realizar 1.500 atendimentos por mês, nas especialidades médicas de obstetrícia, ginecologia (geral, climatério, Infanto-puberal e colposcopia), neonatologia, infectologia, cardiologia, mastologia, endocrinologia, uroginecologia, reumatologia e dermatologia.