Tecnologia

5 passos definitivos para se livrar do vício no celular

| 02/12/16 - 18h12


Que o celular já faz parte da rotina todo mundo sabe, mas você é capaz de medir o quanto ele interfere na sua vida? Pode parecer exagero, mas existe até nome para designar o vício em celular: nomofobia, termo criado na Inglaterra que designa as pessoas compulsivas pelo aparelho e que tem medo de perdê-lo.

Pesquisa realizada pela empresa de segurança SecurEnvoy revelou que 76% dos jovens britânicos entre 18 e 24 anos sofrem de nomofobia. Entre os sintomas estão ansiedade, pânico, impotência, irritabilidade e angústia ao se ver impossibilitado de usar o aparelho.

COMO LARGAR O VÍCIO NO CELULAR

“Estamos em uma sociedade robótica em que devemos fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Uma parte da população acha que, se não estiver conectada, perde alguma coisa”, afirma a psicóloga Graziela Vanni em entrevista ao G1 sobre o tema.

Para não correr o risco de desenvolver um transtorno e perder momentos preciosos da vida real, confira essas dicas para desapegar do celular e aproveitar os momentos livres:

1. Desligue o celular nos dias de folga
Para muitas pessoas, a linha que separa o uso privado do celular do uso para o trabalho é muito fina, em especial profissionais autônomos ou donos de empresas. Nos momentos de folga, portanto, desapegue do celular.

“Mas e se acontecer alguma coisa? E se alguém precisar de mim?”. A não ser que esteja esperando uma ligação ou contato importante deixe de impor barreiras para desligar o celular. Esse receio de ficar desconectado é uma característica de viciados, semelhante à abstinência. Se necessário, guarde o aparelho em uma caixa ou entregue-o a alguém de confiança para que não lhe devolva caso você peça.

2. Desabilite as notificações
Guarde horários durante o dia para verificar o celular, como o horário de almoço, o tempo gasto no transporte público ou durante meia hora depois do jantar. Fora desses períodos desative as notificações, já que as mesmas chamam atenção mesmo que o aparelho esteja no modo silencioso.

Só o fato do celular vibrar ou da tela iluminar é suficiente para despertar a curiosidade. Respeite os próprios horários e compromissos e reserve o celular para os momentos de folga e lazer

3. Volta às cavernas
O celular serve de despertador, calendário, bloco de notas, calculadora, e-book e outras funções. Para evitar passar mais tempo com ele na mão volte a usar esses itens do modo tradicional.

Mantenha na bolsa um caderninho para anotações e compre um bom e velho despertador para acordar de manhã. A calculadora que usou nos tempos de escola pode voltar à ativa, assim como os livros, jornais e revistas. Retome o hábito de fazer essas atividades sem ficar na dependência do smartphone.

4. Guarde na memória
Parece clichê, mas é verdade: compartilhar momentos com as pessoas que você ama é mais importante do que registra-los em imagens para as redes sociais. As melhores lembranças ficam na memória e a preocupação em tirar boas selfies e fotos pode fazer com que uma conversa interessante seja perdida.

Reflita, quantas vezes você reviu as fotos que postou nas redes sociais com o objetivo de resgatar as memórias? Será que essa vontade de tirar fotos não é uma necessidade de exposição? Curta os momentos de lazer e descontração e aproveite a interação com as pessoas queridas. Se necessário, deixe o celular em casa.

5. Baixe apps
Parece ironia usar o celular como ferramenta para usar menos o celular, mas existem aplicativos capazes de monitorar o usuário para que o mesmo fique menos tempo online e mais tempo off. Eles funcionam como aquele amigo que reclama que você não larga o celular, mas de forma mais eficaz porque tomam atitudes para que você volte a viver.

O Menthal monitora o tempo que o usuário passa no celular e indica quais são os apps mais acessados e os hábitos corriqueiros. Ele também mede o progresso do usuário que deseja largar o vício e alerta sobre riscos de doenças provocadas pelo alto uso do aparelho.

Já o Breakfree monitora quantas vezes o usuário olha o celular e emite alertas caso o mesmo esteja exagerando. O Nomophobia, que leva o mesmo nome da doença, mostra um contador para que o usuário saiba quantas vezes ligou e desligou o celular e quanto tempo demorou para ligar o celular novamente.

DOENÇAS PROVOCADAS PELO ALTO USO DO CELULAR

Além da já citada nomofobia e os transtornos que a acompanham, o Daily Mail revelou sete danos à saúde que o uso excessivo do celular pode provocar:

Visão desfocada: as pessoas tendem a aproximar os aparelhos dos olhos e esse mau hábito pode ressecar os olhos e provocar inflamações. Além disso, quanto mais cedo a criança começa a usar smartphones maiores as chances dela usar óculos no futuro;

Danos à coluna: pender o pescoço para a frente para ler algo no smarphone comprime os nervos que elevam a cabeça e causa enxaquecas e sensação de cansaço e rigidez na região;

Papada: passar horas com o pescoço pendendo para a frente aumenta as chances de papada e pode mudar os contornos do rosto. Pessoas mais velhas tendem a perder elasticidade e a região pode ficar flácida;

Acne: a tela do celular esquenta em contato com a pele e contribui para o aumento da acne;

Audição prejudicada: como nem sempre os fones de ouvido se adaptam ao usuário é comum que esse aumente o som, fato que causa danos a longo prazo;

Sono ruim: a luz do celular atrapalha a produção de hormônios que ajudam a dormir e atrapalha o sono saudável.