Após denúncia de racismo, alunos fazem protesto em frente à escola no Trapiche

Publicado em 05/02/2020, às 17h32
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Redação

Alunos do Colégio Agnes Maceió fizeram protesto, na tarde desta quarta-feira, 5, na frente da instituição de ensino, localizada no bairro Trapiche, onde a professora Taynara Cristina Silva, de 25 anos, afirma ter sido vítima de racismo por parte da diretora da escola.

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Além dos alunos da escola, estudantes da Ufal e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL) estiveram presentes. A professora Taynara Cristina também participou. “Estou entrando com uma ação judicial contra a escola, já consegui uma advogada”,  disse ela, ao afirmar que não volta mais a lecionar na instituição. “Vou até o fim”, afirmou.

A professora também deve protocolar denúncia no Ministério Público Estadual, nesta quinta-feira.

O caso
De acordo com Taynara, a gestora da escola, localizada no bairro do Trapiche, disse que “se alguns dos alunos fossem a Ouro Branco [município alagoano], trouxessem um chicote 'do bom' para me fazer lembrar do tempo que eu tanto temo”. O fato teria ocorrido justamente no dia do aniversário da professora.

A jovem explicou que trabalha no colégio desde 2017, e ensina Gramática, Redação e Interpretação Textual do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Segundo ela, a diretora, identificada apenas como Suely, entrou na sala de aula sem pedir licença e começou a fazer acusações.

“Ela invadiu a sala e disse que eu havia batido o carro do filho dela. Eu conversei ao telefone com o filho dela há uns dias, e ele bateu o carro depois de falar comigo. Neste momento, alguns alunos se manifestaram, dizendo que ele é que estava errado, por falar ao telefone enquanto dirigia. Foi quando ela falou que eles deveriam trazer um chicote”, disse Taynara.

A professora afirmou ainda que a diretora foi questionada por alguns alunos pela fala. “Eles disseram que ela estava sendo racista e preconceitusa, mas ela disse que era apenas uma brincadeira, e que estava fazendo um teste para saber se eles estavam ‘aprendendo direito’ na minha aula”, explicou a jovem, que disse ainda que iria prestar queixa à polícia ainda nesta manhã. “Ela não mexeu só comigo. Mexeu com os alunos, com os pais e mães dos alunos, e isso não pode acontecer”, reforçou.

Em contato telefônico com o colégio, na manhã desta quarta-feira, o TNH1 foi informado por uma funcionária de que a diretora se posicionaria sobre o ocorrido, o que não havia acontecido até o final da tarde.

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