Alagoas

DNA pode comprovar autoria de chacina em Guaxuma

Trabalho passa a ser realizado pela Perícia alagoana, a partir de uma parceria entre Governo do Estado e Ufal

| 01/02/16 - 11h02
TNH1 / Arquivo

Todo o material genético encontrado na chácara onde quatro pessoas de uma mesma família foram assassinadas em novembro do ano passado, no bairro de Guaxuma, no Litoral Norte de Maceió, será examinado através de exames de DNA, na tentativa de confirmar a autoria do crime. Daniel Galdino Dias está preso desde dezembro como único suspeito dos assassinatos.

O caseiro Evaldo da Silva Santos, 29 anos, a esposa dele, Jenilza Oliveira Paz; e os filhos Guilherme, de 2 anos, e Maria Eduarda, de 9 anos foram mortos a facadas. Apenas um dos filhos, de cinco anos, sobreviveu ao ataque.

Segundo o delegado Antonio Henrique, um dos responsáveis pelo caso, um facão sujo de sangue encontrado no local e as cordas usadas para imobilizar uma das vítimas serão examinados por meio do exame.

"Queremos comprovar a presença de vestígios do suspeito no local do crime. Para isso, este exame será determinante", afirmou durante entrevista ao TNH1, na manhã desta segunda-feira (1). "O inquérito aguarda apenas o resultado destes laudos para ser concluído", acrescentou.

Durante a investigação, a polícia prendeu diversos suspeitos, mas em seguida descartou a participação da maioria deles no caso, ficando detido apenas Daniel Galdino, que nega a autoria.

Resultado

A espera pelo resultado desse e de outros exames de DNA solicitados pela polícia deve durar menos a partir de uma parceria do Governo do Estado com a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), que pertence à Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Os exames serão feitos, agora, em um prazo máximo de um mês, a partir do dia da coleta de material genético.

A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Perícia Oficial, que também informou que a equipe técnica do Instituto de Criminalística receberá treinamento especializado para realizar exames laboratoriais comparativos.

Ainda segundo a Perícia Oficial, além da identificação de corpos, exames que ajudem nos casos de violência sexual também serão realizados, além do estudo de amostras de referência coletadas em local de crime.

Além dos novos casos a serem analisados, o Instituo Médico Legal (IML) levanta quantos corpos permanecem aguardando identificação através do exame. "Os procedimentos obedecerão uma ordem cronológica de entrada da solicitação do IC, privilegiando apenas possíveis ordens judiciais", assegurou a assessoria de comunicação.