Obra em prédio de Maceió é embargada após queda e morte de trabalhador

Publicado em 22/07/2021, às 08h55
Divulgação -

Eberth Lins e Teresa Cristina

A obra do prédio onde o trabalhador Jeová Ferreira, de 45 anos, caiu do 5º andar, enquanto executava serviço de pintura, foi embargada pela Superintendência Regional do Trabalho em Alagoas (SRTE/ AL), nessa quarta-feira (21). Jeová Ferreira fazia a pintura da parte externa de um dos blocos de um condomínio, no bairro Santa Amélia, em Maceió. Segundo informações, o trabalhador não fazia uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de segurança adequados.

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Fiscais do órgão estiveram no local e estão elaborando um relatório sobre o caso. De acordo com Victor Cavalcante, superintendente do Trabalho em Alagoas, foi solicitada à empresa, que executava a obra, a comprovação de que as normas de segurança e trabalhistas eram cumpridas. Além disso, a SRTE/AL pediu que o condomínio informe quem era o responsável técnico pela obra. “Testemunhas disseram que as normas de segurança não eram respeitadas, mas estamos apurando. Sobre os Equipamentos de Proteção Individual vamos saber se a empresa forneceu ou não”, disse Cavalcante.

O superintendente contou que o trabalhador foi atingido por uma descarga elétrica, mas ainda não é possível saber se a causa da morte foi esta ou a queda do quinto andar. “Foi apurado no local que o trabalhador estava na cadeira suspensa por cabos de aço. Um outro trabalhador que estava no local teria mexido no cabo, que tocou a fiação elétrica”, acrescentou Cavalcante.

Trabalhador estaria sem capacete e cinto de segurança | Foto: Cortesia ao TNH1

A morte de Jeová não foi o primeiro acidente de trabalho do prédio. Em março deste ano, o irmão de Jeová, que também trabalhava na pintura da estrutura, caiu e fraturou partes do corpo. 

Procurada pelo TNH1, a administração do prédio afirmou que os EPIs eram disponibilizados e que a contratação da empresa responsável pelo serviço foi acordada em assembleia, com aprovação dos moradores do condomínio.

"Fizemos tudo na legalidade. Nós pagamos um advogado para acompanhar o contrato e essa parte da fiscalização dos equipamentos ficava a cargo da empresa. Existe, inclusive, uma sala no prédio com vários equipamentos de segurança para uso dos trabalhadores", informou.

Sobre a obra, a administração disse que vai reunir o Conselho Fiscal do condomínio para adotar as medidas cabíveis à retomada do serviço.

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