Em 2018, Rodrigo Cunha se elegeu senador em dobradinha vitoriosa com João Henrique Caldas, o JHC, eleito novamente o deputado federal mais votado de Alagoas.
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Rodrigo se valeu da imagem positiva como diretor do Procon estadual, reforçada pelo excelente desempenho como deputado estadual, e chegou ao Senado como o mais votado do Estado – o favorito Renan Calheiros se reelegeu apenas na segunda vaga.
A aliança com JHC, na época, foi materializada quando Rodrigo Cunha aceitou a indicação da médica Eudócia Caldas, mãe de JHC e ex prefeita de Ibateguara, para ser sua primeira suplente no Senado.
As outras etapas do plano: o senador foi o principal fiador da vitoriosa campanha de JHC a prefeito de Maceió, saiu candidato a governador e tirou licença para fazer de Eudócia Caldas senadora por quatro meses.
Ou seja, cumpriu sua parte.
O plano começou a definhar quando JHC não prestigiou adequadamente seu vice prefeito, Ronaldo Lessa (PDT), que migrou do grupo para ser vice governador na chapa de Paulo Dantas (MDB), concorrente direto de Rodrigo.
E a desarrumação da base política em Maceió seu deu com as mudanças radicais na equipe do prefeito, atingindo diretamente antigos aliados, eventuais apoiadores de Rodrigo.
O golpe mais recente: o ex deputado João Caldas, pai de JHC e marido da hoje senadora Eudócia, patrocinou a indicação de Diego Ramos, major do Corpo de Bombeiros, candidato a senador pelo PSB, atrapalhando a candidatura de Davi Davino Filho (PP), já anunciado candidato ao Senado em aliança com Rodrigo Cunha.
Com a agravante de que João Caldas teria sido orientado pelo senador Renan Calheiros (MDB), adversário do prefeito e articulador da reeleição de Paulo Dantas ao governo.
Difícil alguém entender que JHC não tivesse conhecimento dessa manobra patrocinada pelo seu partido.
Qual o sentimento de Rodrigo Cunha em relação a tudo isso?
Somente ele próprio, o principal prejudicado, pode avaliar.
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