Existe uma recomendação muito em voga no meio político: “nunca nomeie pra um cargo alguém que vão não poderá exonerar se houver necessidade”.
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Essa recomendação, que já causou tantos traumas para governantes Brasil afora, certamente não seguida pelo presidente Lula (PT) ao montar a sua equipe de 37 ministros.
Ao incluir como seus auxiliares diretos vários ex-governadores e caciques políticos em seus respectivos Estados, Lula certamente criou um problema para o futuro.
O caso mais evidente é o de Fernando Haddad, ex-ministro em governos petistas, candidato do PT à Presidência da República em 2018, candidato ao governo do poderoso Estado de São Paulo, atual Ministro da Fazenda e, até onde se sabe, o preferido para disputar o cargo do próprio Lula, em 2026.
E se por um acaso Haddad tiver de ser exonerado, qual o tamanho do desgaste?
Ouro caso interessante é o de Renan Calheiros Filho (MDB), ex-governador de Alagoas, senador eleito, nomeado Ministro dos Transportes.
O caso de Renan Filho é ainda mais complicado, por ser do principal partido aliado do PT e ter no Senado, além dele, o pai Renan Calheiros, também do MDB, uma das maiores lideranças do Brasil de uns anos para cá.
Aí, a briga seria com o partido dos Renans, além dos dois votos e mais outros que eles possam influenciar no Senado e na Câmara dos Deputados.
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