Comparando a uma partida de futebol, a eleição para governador de Alagoas este ano está sendo disputada em duas partidas/turnos.
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Paulo Dantas (MDB), que concorre à reeleição, saiu da primeira partida/turno com uma considerável vantagem: 46,64% dos votos, contra 26,79% de Rodrigo Cunha (União Brasil).
É como se Paulo Dantas entrasse na segunda partida/turno podendo perder por até dois gols de diferença para ficar com o título.
Com a vantagem de atuar em seu próprio campo, com a torcida a favor – considerando que está exercendo o cargo de governador e pode usar a tinta da sua poderosa caneta para praticar atos em seu favor, além de contar com maioria considerável de deputados estaduais recém eleitos e que são seus potenciais cabos eleitorais.
Rodrigo Cunha tem o desafio de superar esses obstáculos, a começar pela diferença de 20% de votos, o que somente poderia alcançar, aparentemente, se conseguisse apoio dos eleitores de dois concorrentes que lhe foram hostis na campanha do primeiro turno: Fernando Collor (PTB) e Rui Palmeira (PSD).
Outra questão a superar: Paulo Dantas estabeleceu forte ligação política com Lula, candidato a presidente pelo PT e que foi o mais votado no primeiro turno da disputa presidencial, enquanto Rodrigo não anunciou no primeiro turno apoio a nenhum presidenciável – sua única opção agora é superar divergências familiares e apoiar Jair Bolsonaro.
Voltando ao jargão futebolístico, a segunda partida/turno da disputa entre Paulo Dantas e Rodrigo Cunha até pode ser considerada um clássico, mas é inegável que o atual governador entra em campo como favorito.
Reverter a vantagem é a missão quase impossível da nova equipe de marketing de Rodrigo.
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