Contextualizando

A oposição pode não gostar, mas tem de respeitar a realidade das ruas

Em 8 de Setembro de 2022 às 13:05

Usurpação? Confisco? Apropriação indevida? Uma iniciativa normal?

Como classificar a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, que se utiliza das cores da bandeira nacional, e até mesmo do próprio pavilhão, como ocorreu em 2018 e está ocorrendo este ano, a exemplo das manifestações pelo Bicentenário da Independência?

O alagoano Aldo Rebelo exerceu vários cargos e mandatos pelo PC do B – inclusive presidente da Câmara dos Deputados e ministro duas vezes em governos do PT – e explica como avalia a questão:

“Bolsonaro não se apropriou da bandeira nacional. Ele a achou jogada no chão pela esquerda, que a abandonou por uma vermelha, e a resgatou”.

O sentimento de ira da oposição é ainda maior porque, ao contrário do apregoado por lideranças de esquerda, as manifestações ocorreram sem que tenha sido registrado no país um ato sequer de violência.

De negativo só mesmo as novas declarações descabidas do Presidente da República, reafirmando seu jeito rude numa solenidade oficial que marcava os 200 anos Independência do Brasil.

No mais, resta aos adversários admitir que Bolsonaro conseguiu consolidar a vinculação das suas propostas às cores do nosso pavilhão.

A solução dentro dos limites democráticos é convencer o eleitor a derrotá-lo pelo voto.

Caso não consiga, à oposição restará apenas a resignação.

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