Polícia

Acusado de matar ex-mulher no Santo Eduardo já respondia por ameaças

06/10/16 - 12h25
TV Pajuçara / Rafael Alves / Reprodução Redes Sociais

Arnóbio Henrique Cavalcante Melo, acusado de matar a ex-esposa, Joana Mendes, dentro de um carro, na noite dessa quarta (5), no Poço, já respondia por ameaça à vítima e a outras mulheres, registradas em Boletins de Ocorrência junto à Polícia Civil.

A informação foi confirmada pelo coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Fábio Costa, que apontou a existência de quatro BOs contra o acusado do assassinato. “Ele tinha histórico de violência contra ela [Joana] e contra outras cidadãs. [Era um homem] de relações conturbadas com suas companheiras. Não se conformava com o término dos relacionamentos”, disse em entrevista ao programa Fique Alerta.

Joana Mendes foi morta com 31 golpes de faca nas regiões do crânio, pescoço, abdômen e tórax, dentro de um Citroen C3, que foi achado estacionado em uma rua do Conjunto Santo Eduardo, no Poço, na noite de ontem.

A polícia apurou que Henrique marcou um encontro com a ex-mulher alegando que ela precisaria assinar um acordo para o divórcio. Atraída pela proposta, Joana foi ao encontro e acabou sendo assassinada.

O crime é considerado premeditado e teria sido motivado pela intenção da vítima de mudar de estado, com o filho do casal. “A Joana tinha a intenção de morar em Minas Gerais e levaria o filho. O Henrique, revoltado, e por Joana não querer mais nada com ele, teria premeditado o crime”, declarou Fábio Costa.

Ele foi preso em uma casa de parentes, na Barra de São Miguel. O local foi indicado por familiares do autor do crime, que acompanharam o trabalho da polícia.

Eles contaram ao delegado que Henrique chegou em casa com a mão machucada e confessou ao irmão que havia “feito uma besteira”. “Ao chegar na casa da mãe, ferido , ele disse que foi assaltado. Depois, disse ao irmão que tinha feito uma besteira com a Joana e que o carro tinha sido deixado no Santo Eduardo”, relatou o delegado.

Já na Barra de São Miguel, ele foi preso e conduzido em um carro da família até a sede da Delegacia de Homicídios, no bairro de Mangabeiras, em Maceió. O veículo foi escoltado pela polícia.

Questionado sobre o crime, Arnóbio Henrique diz que não se lembra de nada.