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A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-AL) realizou na terça-feira (05) uma reunião com integrantes do Ministério Público Estadual e da Caixa Econômica Federal, com o objetivo de apresentar à instituição o panorama da região, frente à preocupação da situação imobiliária do local.
Participaram do encontro o procurador de Justiça, Antiógenes Marques de Lira, e os promotores Adriano Jorge e José Antônio, que integram a força-tarefa do Ministério Público Estadual no caso do bairro do Pinheiro; o superintendente regional da Caixa, Kleber Paz e o gerente regional da Construção Civil da Caixa, Kadu Porto.
O Ministério Público Estadual criou uma força-tarefa, no dia 23 de janeiro, para acompanhar os trabalhos que investigam os motivos do fenômeno geológico ocorrido no bairro do Pinheiro e as consequências que essa situação causou aos moradores da localidade. O procurador Antiógenes Marques de Lira foi designado pelo procurador-geral de justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, para liderar a força-tarefa.
A reunião foi aberta com a palavra do presidente da Casa, Jubson Uchôa, que agradeceu a participação de todos e demonstrou sua preocupação com a situação. “Quando me encontrei com o doutor Antiógenes e ele se colocou à disposição para nos passar informações precisas e valiosas sobre o desenrolar da situação do bairro do Pinheiro, prontamente trouxe esta ideia para ser avaliada pela diretoria. Hoje, reconhecendo a importância deste momento, realizamos esta reunião em caráter excepcional, para ouvirmos e sermos ouvidos sobre este episódio que tanto nos preocupa. Nós não podemos permitir que o Pinheiro, com tamanha história e vida, macule a imagem de Maceió, se transformando num problema social e econômico”, disse.
Em seguida, o procurador Antiógenes tranquilizou toda a categoria, com um discurso otimista e regado de esperança. “O MPE não está em busca de culpados, e sim de responsáveis pelo bairro. Ali houve um fenômeno geológico que pode ter sido causado por questões naturais ou antrópicas, ou, ainda, o que é mais evidente: a causa mista. Agora o nosso papel é tentar reconstruir o bairro e sermos fontes seguras de informações, evitando as fakenews a respeito do caso e nos munindo de informações oficiais e conhecimentos, que vocês mesmos têm, pela própria experiência na engenharia”, alertou.
Antiógenes ressaltou o trabalho que está sendo realizado juntamente com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), reunindo técnicos ligados ao Departamento de Geografia da Universidade, com o objetivo de intermediar a troca de informações entre os profissionais da instituição de ensino e a equipe que vem realizando os estudos na região.
Ele explicou que a força-tarefa está trabalhando baseada em duas vertentes: uma voltada aos estudos técnicos sobre o motivo dos tremores de terra, que têm causado fissuras nos imóveis e ruas da região, e outra voltada a solucionar os problemas causados aos moradores do bairro. “Estamos estudando os laudos que já foram emitidos até agora para entendermos o que está acontecendo, embora o laudo definitivo deva ser concluído em março, conforme a prefeitura. Porém, enquanto o laudo conclusivo não fica pronto, temos que pensar no problema socioeconômico que se estabeleceu na região. Nota-se que, com a evasão da localidade, a economia do bairro já foi atingida, sem contar, é claro, com a situação de quem perdeu suas casas. Todas essas questões precisam ser solucionadas e o Ministério Público Estadual vai atuar nelas”, destacou.
O procurador aproveitou a oportunidade para convidar a Ademi-AL a fazer parte de um projeto, ainda prematuro, de empresas privadas que, em parceria com o poder público, vão reconstruir o bairro. “Viemos propor uma parceria. O escritório que estaremos lançando na próxima quarta-feira, juntamente com a Ufal, está de portas abertas para receber suas ideias de como reconstruir aquele bairro. Vocês têm nas mãos o conhecimento de engenharia, capaz de construir no Japão, no Chile e nas mais condições adversas. Vamos unir o conhecimento de vocês ao de outros especialistas, formar parcerias e pensar no que fazer para reerguer aquele bairro. Enquanto o laudo fica pronto, vamos unir esforços para isto”, convocou a todos.
DIRETORES
Ao ouvir as palavras dos representantes do MPE, os diretores presentes iniciaram uma troca de experiências, analisando os estudos feitos até agora, pela parte da engenharia. Segundo eles, embora não se tenha um laudo definitivo, os estudos levam a acreditar que os imóveis que apresentaram rachaduras possuem problemas estruturais antigos.
“É fato que todos os imóveis que estão apresentando fissuras, boa parte deles, são imóveis com problemas estruturais, adquiridos ao longo do tempo. Imóveis com mais de 50 anos, que não possuem a manutenção adequada e que foram construídos com uma fundação rasa. Até que se tenha um laudo definitivo, tudo isso precisa ser levado em consideração”, destacou o diretor Denison Tenório.
O papel da CEF
A Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal, presente à reunião, demonstrou seu apoio à causa, explicando as condições especiais para clientes que possuem financiamento ativo no local. “Entramos nesta história pelo papel que a Caixa exerce no setor imobiliário e na sociedade. Diante deste cenário de incertezas, a Caixa precisa tomar decisões: concluir ou não um financiamento? Parar ou não uma obra? Antes de sermos um banco, somos cidadãos e estamos muito solidários à situação do Pinheiro, tanto que criamos um 0800 para nossos clientes do Pinheiro no sentido em que eles tenham um canal direto conosco, evitando burocracia e oferecendo um serviço personalizado para cada caso”, explicou o superintendente regional Kleber Paz.
Os representantes da Caixa ainda demonstraram apoio às construtoras que possuem empreendimentos em andamento no local, disponibilizando engenheiros próprios da instituição para analisar as obras e imóveis na região. “Quando um banco pequeno quebra, o cenário de consequências que se instala não é isolado, traz um efeito cascata dentro de toda uma comunidade. A isto, chamamos de risco sistêmico e é assim que enxergamos o bairro do Pinheiro. A quarta melhor cidade do mundo para se ter um segundo imóvel [Maceió] não pode ter sua imagem afetada. Nós vamos participar deste movimento de recuperação do bairro nos doando de corpo e alma” – declarou o superintende.
Em março do corrente ano, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tem agenda para cumprir em Maceió. A visita à capital alagoana faz parte do projeto Mais Brasil da Caixa, que objetiva a visita em loco do presidente às principais cidades do país, no sentido de conhecer as especificidades de cada região. Segundo Paz, o presidente passará três dias na cidade, ao qual um deles será para apresentar um posicionamento do banco estatal sobre a situação do bairro do Pinheiro.