Maceió

Agentes do Ronda no Bairro são afastados após denúncia de agressão e injúria racial

Redação TNH1 | 13/05/22 - 17h37

A Superintendência do Programa Ronda no Bairro anunciou nesta sexta-feira, 13, que afastou os agentes que teriam agredido um jovem de 17 anos e cometido injúria racial contra ele no Centro de Maceió. A decisão ocorre um dia depois de a mãe do jovem ter feito a denúncia. 

Em nota assinada pelo coronel José Cícero Domingos da Silva, a superintendência confirma que um processo administrativo foi aberto para apurar o caso. Leia na íntegra:

"Com o objetivo de prestar esclarecimentos para a população em face da abordagem policial ocorrida no dia 11 de maio de 2022 envolvendo um adolescente de 17 anos, a Superintendência do Programa Ronda no Bairro reforça que o PRB trabalha baseado na filosofia do policiamento de proximidade, de forma humanizada, não aceitando condutas que vão contra o preceito básico do Programa.

Diante da ocorrência e do processo administrativo que está sendo realizado juntamente ao setor disciplinar, o Programa determinou o afastamento dos agentes de proximidade envolvidos na ocorrência das atividades operacionais nas regiões de atuação contempladas pelo PRB durante o período de apuração".

Entenda o caso - Uma mulher denunciou, nessa quinta-feira, 12, uma suposta abordagem truculenta de agentes do Programa Ronda no Bairro, na Rua Barão de Alagoas, no Centro de Maceió. De acordo com a denunciante, a vítima seria o filho dela, um jovem de 17 anos, que teria sofrido agressões físicas e injúria racial. O caso aconteceu na manhã da última quarta-feira, 11.

No relato, a mãe disse que quatro agentes da equipe de segurança teriam pedido ao adolescente para que parasse com a bicicleta em via pública e o teriam chamado de "Neguinho". Depois de o menor atendê-los, teria sido encostado em um muro e levado socos e choques na barriga.

Antes das supostas agressões, o adolescente teria dito aos agentes que era feirante e que iria fazer uma entrega de bicicleta, inclusive teria mostrado a sacola plástica com milho e coco, o que segundo a mãe, não justifica o ataque ao jovem.