Economia

Alta de 40% no preço do salmão altera cardápio de restaurantes em Maceió

12/07/16 - 11h21
Reprodução

Presente em boa parte dos pratos orientais, o salmão teve uma alta de 40% este ano, o que fez alguns donos de restaurantes readaptar os cardápios, para tentar fugir desse preço “salgado”. Um problema climático no Chile, principal fornecedor da iguaria, teria causado a disparada nos preços.

Segundo dados da Associação Nacional dos Distribuidores e Importadores de Pescados, o Brasil importa, em média, 1.600 toneladas por semana de salmão fresco do Chile.A entidade prevê queda de 30%. 

Priscila, proprietária de um food truck de comida oriental em Maceió preferiu não comprar para não ter de repassar o aumento para seus clientes. “Esse ano foi a maior alta, chegamos a cotar R$ 90 por quilo, absurdo”, comenta. “Normalmente perdemos a venda, pois o salmão é o peixe preferido de muita gente”, lamenta.

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Em São Paulo, por exemplo, um quilo de salmão na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) era vendido, em média, por R$ 28, um aumento de 29,8% em relação ao mesmo período de 2015, quando valia R$ 21,63.

Outro fator que influenciou no preço foi a desvalorização do real em relação do dólar já que o país é dependente de fornecedores externos neste mercado.

RESTAURANTE FECHADO

Outra empresária do ramo em Maceió decidiu se readaptar, fechando um dos restaurantes e avisar aos clientes. “Comunicamos aos nossos clientes que teríamos de repassar o reajuste e, assim que o preço do peixe cedesse, também cederíamos, acompanhando uma possível queda”, explicou Ticiana Figueiredo.