Contextualizando

Artur Lira, o fiel da balança na Câmara dos Deputados para a CPMI do 8 de janeiro

Em 21 de Abril de 2023 às 08:25

Texto de Lauriberto Pompe, em “Globo”:

“Na disputa pelo controle da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, formada por deputados e senadores, o governo prevê um cenário confortável entre os indicados pelo Senado. O prognóstico entre os integrantes da Câmara, contudo, ainda é incerto.

A avaliação é que 11 senadores próximos ao Palácio do Planalto sejam escolhidos como integrantes titulares da comissão. Já em relação aos deputados, a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não tem noção sobre o tamanho de deputados governistas.

As indicações terão que ser negociadas com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), cujo partido faz parte do maior bloco da Câmara.

A CPMI deve ser instalada na próxima quarta-feira. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve ler o requerimento de abertura da comissão e, depois disso, os líderes partidários irão indicar os membros. São 15 senadores e 15 deputados no colegiado. Além disso, um deputado e um senador participam em sistema de rodízio.

Ter a maioria da comissão é importante para eleger o relator e o presidente e definir os rumos dela. Em 2021, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro não conseguiu controlar a CPI da Covid e viu senadores de oposição nos postos chave.

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que eram da cúpula da CPI da Covid, devem também participar da CPI mista. Outros integrantes da CPI passada, como Otto Alencar (PSD-BA) e Humberto Costa (PT-PE) também devem estar entre os membros.

No Senado, os dois blocos que apoiaram a reeleição de Pacheco neste ano já escantearam a oposição na presidência das comissões. Juntos, o bloco com PT, PSD e PSB e o outro, com MDB, União Brasil, PDT, Podemos e PSDB, terão direito a 11 integrantes. Já os partidos mais identificados com o bolsonarismo poderão indicar cinco.

Já na Câmara, o bloco liderado por Lira terá direito a quatro cadeiras na CPMI. O grupo de aliados do presidente da Câmara mistura partidos do Centrão, com alguns integrantes distantes do governo, com legendas governistas. Outro bloco, do qual fazem parte MDB, Republicanos, PSD e Podemos, indicará mais três deputados….”

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