Não há como negar que, apesar de estarmos a um ano e meio da disputa pela Prefeitura de Maceió, o assunto dominante nos meios políticos tem sido a eleição municipal de 2024.
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E, com a forte aliança fechada pelo prefeito JHC (PL), candidatíssimo à reeleição, a expectativa é sobre como o atual grupo político dominante vai agir para encarar o favoritismo do atual gestor municipal.
O MDB tem em seu favor a força do governador Paulo Dantas, dos senadores Renan Calheiros e Renan Filho, do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, e da maior bancada de deputados estaduais, sem contar os cerca de 60% dos prefeitos.
Há, no entanto, algumas considerações a fazer:
– o favoritismo de JHC neste momento é incontestável;
– o grupo de Renan Calheiros tem dificuldade eleitoral em Maceió – o último prefeito eleito com o seu apoio foi Djalma Falcão, em 1985;
– não há, no grupo de oposição a JHC, alguém com densidade eleitoral com chances de evitar sua reeleição.
Resta possibilidade de o grupo do Palácio República dos Palmares escalar algum deputado para enfrentá-lo sem risco de correr o mandato – e são citados o deputado federal Rafael Brito e os deputados estaduais Alexandre Ayres e José Wanderley Neto.
Para qualquer deles que se aventurar a encarar JHC tem o desgaste natural de uma eventual derrota, que seria compensada pela visibilidade política na disputa pelo cargo de prefeito da Capital, que pode se refletir em votos em 2026, quando tentarem a reeleição no Legislativo.
A não ser um deles, tem a alternativa de George Santoro, ex-secretário da Fazenda e hoje secretário executivo do Ministério dos Transportes, carioca que nunca negou o desejo de concorrer a um mandato em Alagoas.
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