Polícia

Bandidos atacam prefeitura e banco e deixam novas mensagens sobre presos

23/01/17 - 10h13
Cortesia

Três ataques a bancos e um atentado a sede de uma prefeitura municipal, todos com características semelhantes, foram registrados em cerca de 24 horas em cidades alagoanas. Os crimes, que envolvem depredação de patrimônio, explosões e pichações, se assemelham ainda porque em quase todos os locais foram deixadas mensagens que pedem a transferência de detentos do Presídio do Agreste.

O caso mais recente ocorreu na Prefeitura de Campo Grande, Agreste de Alagoas, alvo de um ataque na madrugada dessa segunda (23). O prédio amanheceu em chamas, com perfurações causadas por projéteis de arma de fogo e diversas pichações.

A ação dos bandidos, de acordo com a ocorrência registrada pelo 3º Batalhão de Polícia Militar, ocorreu por volta das 3h50 e deixou o prédio danificado. O conteúdo das pichações remetem a uma facção criminosa.

Uma guarnição do Grupamento de Polícia Militar foi acionado para a ocorrência, que foi registrada como dano ao patrimônio público. Os militares fizeram a segurança do prédio desde as primeiras horas da manhã, e a perícia foi acionada para realizar os procedimentos necessários.

Bilhetes

Outro ataque foi registrado a um banco, na noite desse domingo (22), no bairro do Farol. Foi a terceira agência bancária danificada em menos de 24 horas. Na madrugada de domingo, foram registradas duas ocorrências, em Arapiraca e Rio Largo, em um intervalo de poucas horas.

Em dois casos, foram encontrados bilhetes, supostamente escritos por pessoas ligadas a detentos custodiados no Presídio do Agreste, que pedem a transferência dentro do sistema penitenciário de Alagoas. No último ataque, a mensagem foi escrita em uma camisa, encontrada por policiais momentos depois de uma tentativa de explosão a caixas eletrônicos.

De acordo com informações repassadas por um policial do Centro Integrado de Operações da Segurança Pública, o ataque teria sido frustrado, já que os bandidos não conseguiram explodir a agência bancária, e todo o material encontrado foi entregue ao Comando da Polícia Militar. Em todas as ocorrências, eles teriam utilizado bombas incendiárias de fabricação caseira, conhecidas como coquetel molotov.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública investiga a relação entre os ataques.