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Boxeador fingiu ter sido morto para provar plano de esposa contra ele

Uol | 11/09/19 - 17h53
Reprodução

O ex-boxeador Ramon Sosa saiu do seu processo de divórcio com uma história bem mais louca para contar do que o esperado. Segundo uma entrevista do norte-americano à CBS News, ele precisou fingir sua própria morte para provar que a ex-mulher, Maria "Lulu" Sosa, havia contratado um assassino de aluguel para executá-lo.

O ex-atleta, que depois de sua carreira no boxe abriu uma rede de academias em Houston (EUA), disse que descobriu sobre o plano da mulher muito antes de conseguiu colocar em prática o seu plano para colocá-la atrás das grades. Por isso, teve que continuar "dormindo com o inimigo" por um tempo.

"Aqueles momentos logo depois de eu descobrir a intenção dela [de matá-lo] foram surreais. É claro que eu não quis acreditar no começo, mas me apresentaram provas. Quando aquilo se tornou uma realidade, eu fiquei com raiva, triste e confuso", contou.

Quem levou o plano ao conhecimento de Ramon foi Gustavo, o próprio assassino de aluguel contratado por Lulu. Os dois, matador e potencial vítima, se conheciam da academia de boxe, e Gustavo decidiu ajudar o amigo a pegar a mulher no ato, escondendo um microfone em sua roupa enquanto conversava com ela.

Fingindo a própria morte

Quando Ramon e Gustavo levaram a fita para a polícia de Houston, no entanto, os agentes acharam que não seria o bastante para prender Lulu. Foi quando, com a ajuda do FBI, eles fizeram Ramon posar para uma foto em que aparecia com maquiagem simulando um tiro na cabeça.

O ex-boxeador comentou sobre sua sensação ao ver a imagem: "Foi de gelar o sangue. É indescritível. Essa foto reflete, até hoje, uma das coisas mais difíceis que eu tive que fazer em minha vida".

Depois de tirarem a foto, os policiais mandaram um agente disfarçado para se encontrar com Lulu e mostrar a prova de que Ramon estava morto. A ex-mulher do boxeador riu ao ver a foto. "Ela perguntou ao agente se eu estava realmente morto ou se ia me levantar de lá", lembrou.

A ex-mulher de Ramon foi presa em 2016, e deve passar 20 anos na cadeira por solicitação de assassinato. "Eu nunca pensaria que ela ia querer me matar. Nosso divórcio estava sendo difícil, e nós brigávamos, mas este nível de violência nunca passou pela minha cabeça", contou.