Saúde

Brasil é o segundo em número de casos de hanseníase no mundo

Assessoria | 02/02/21 - 12h02
Cortesia

Conheça. Previna. Identifique. Trate. Esse é um dos lemas do Dia Mundial da Hanseníase, comemorado no último domingo (31). A data chama atenção para a importância do diagnóstico precoce de uma das doenças de pele que mais acometem os brasileiros. 

Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que, a cada ano, cerca de 210 mil pessoas são detectadas com hanseníase. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de casos, perdendo apenas para a Índia. 

Na última década, foram registrados cerca de 30 mil novos casos por ano no país, com maior concentração nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 

Doença é considerada endêmica no Brasil
 
A dermatologista do Sistema Hapvida em Maceió, Rita Concília, explica que a hanseníase é uma doença endêmica e infectocontagiosa transmitida através de gotículas provenientes do nariz ou saliva do paciente contaminado pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen.

“Os principais sintomas da hanseníase são o aparecimento de lesões na pele, geralmente em forma de manchas brancas ou vermelhas, dormência e alteração de sensibilidade da face, mãos e pés”, explica a especialista. Além da pele, se não tratada, a enfermidade também pode afetar olhos, nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. 

A Dra. Rita afirma que a hanseníase é uma doença democrática e pode acometer qualquer pessoa, independente do sexo ou faixa etária. “O diagnóstico precoce é crucial para o controle da patologia, e, para isso, é essencial a avaliação de um médico dermatologista”, complementa a médica do Hapvida. 

Tratamento é realizado com antibióticos

A boa notícia é que a hanseníase tem cura. Segundo a especialista, o tratamento envolve a administração de antibióticos que devem ser usados de forma padronizada. “O paciente deve tomar a primeira dose mensal supervisionada pelo profissional de saúde, sendo as demais auto administradas”, orienta  a médica. 

“O caminho para a cura é a informação. Quanto mais cedo o paciente diagnosticar e se tratar, maior a chance de evitar sequelas”, finaliza a dermatologista.