Contextualizando

Braskem terá usina solar dentro da fábrica em Alagoas

Em 25 de Setembro de 2025 às 07:30
Texto de Luciana Collet, na plataforma Broadcast+:

"A Braskem acertou a implementação de um projeto de geração solar fotovoltaica para autoprodução a ser instalado dentro de uma unidade industrial própria em Alagoas e conectado diretamente às operações locais da companhia, um modelo conhecido como offgrid. Com isso, além de garantir o suprimento de energia a custos mais baixos e previsíveis no longo prazo para a sua fábrica de PVC, a companhia afasta riscos ligados aos cortes de geração (curtailment, no jargão do setor elétrico), que tem afetado as grandes usinas solares e eólicas conectadas ao sistema de transmissão.

No modelo adotado, as empresas serão responsáveis pela construção e operação durante 20 anos, e ao final desse período a Braskem terá a opção de compra do ativo.

Após mais de 36 meses de discussões entre as desenvolvedoras e a petroquímica, o projeto está atualmente em fase de estruturação financeira. De um lado, há conversas em andamento com bancos de fomento nacionais como Banco do Nordeste (BNB) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Mas as empresas também mapearam interesse de investidores chineses e árabes, que poderiam ingressar como acionistas na iniciativa. Procurada, a Braskem não retornou até a publicação deste texto.

Este é o primeiro projeto na sociedade entre Innovvare e Helles Solar Capital, mas as empresas vislumbram crescimento com outras instalações, dentro de outras plantas industriais da própria Braskem, uma vez que partiu da petroquímica o interesse em projetos offgrid.

Desde 2020, a Braskem vem avançando em iniciativas voltadas para a expansão do consumo de energia proveniente de fontes renováveis, incluso por meio de contratos de autoprodução, mas esses ativos estão localizados com em áreas distantes das fábricas, utilizando o sistema de transmissão, e portanto sujeitos a cortes de geração determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Entre as alternativas estaria a possibilidade de o empreendedor pagar um aluguel pelo uso do terreno e buscar as autorizações para injetar a energia na rede e vendê-la no mercado livre de energia."

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