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Bruna Marquezine viu prejuízos do machismo: 'Corpo objetificado'

Terra | 10/09/19 - 09h17
Atriz confessou que pensou em parar de atuar | Reprodução / Instagram

Bruna Marquezine relatou que seu primeiro contato com os reflexos do machismo em sua vida aconteceu ainda na adolescência. "Eu tinha 17, 18 anos... Estava fazendo uma personagem na novela, a Lurdinha, e vi meu corpo sendo objetificado. Foi um tanto difícil ver as pessoas misturando ficção e vida real. Eu não tinha maturidade pra lidar com aquilo e não entendia aquilo", afirmou a artista, cuja estreia no cinema foi marcada com presença no Festival de Gramado, ao participar do "Tamo Juntas", evento organizado pela Puma, marca da qual é embaixadora e protagonizou um editorial em clima divertido em agosto.

Carreira ficou em risco: 'Cogitei parar de atuar'

A atriz, que já declarou não se ver como sex symbol, acrescentou que acredita que, à época, o lado sexy da personagem de "Salve Jorge" gerou situações complicadas. "Ver que, porque seu corpo está exposto em rede nacional, as pessoas podiam me julgar e me tratar de forma diferente... Inclusive transferir algo da ficção pela realidade, porque a personagem tinha um teor sexual. As pessoas achavam que podiam me tratar de uma forma. Foi a primeira vez que cogitei parar de atuar", disse a jovem. Com planos de ir estudar no exterior em breve, ela ainda recordou as especulações sobre sua vida amorosa: "Tinha acabado de completar 18 anos, a cada semana diziam que eu tinha saído com um cara novo. Não sabia me lidar com as fakenews, por ter necessidade de me explicar. Era orientada a não me posicionar porque ia dar mais força para aquilo" "Ainda bem que tive uma rede de apoio que me ajudou a entender e não desistir".

Atriz representou funkeira aos 17 anos  / Arquivo Pessoal

Atriz recorda insegurança em relacionamentos: 'Modo meu que eu não gosto'

Solteira, Bruna ainda indicou que, no passado, tinha comportamentos ao se relacionar que não vê como adequados hoje. "Tem um modo meu que eu não gosto e espero nunca mais voltar que é o da insegurança, meio stalker. Modo descontrolado de relacionamento", definiu a protagonista de "Vou Nadar Até Você", cujas cenas de nudez foram encaradas com naturalidade por ela. Em outro momento, ela ainda destacou atrizes que foram importantes por conta das parcerias ao longo de sua carreira. "Ter esse olhar de algumas atrizes mais experientes me fortaleceu. Ver a Cassia Kiss, que é uma grande inspiração, me assistir foi especial. A Vanessa Gerbelli que foi minha mãe quando interpretei a Salete realmente foi uma mãe", disse a artista.