O principal líder de um suposto grupo de extermínio que atuava na Zona da Mata de Alagoas e no interior de Pernambuco, é apontado pela investigação do Ministério Público Estadual (MPE/AL) como o cabo da PM Fernando Gomes de Lima Filho, conhecido na região como “Fernandinho”.
Ainda segundo o MPE, outro cabo da mesma corporação, identificado como Cícero Vasconcelos de Lima Junior, o cabo Junior, também fazia parte do grupo. Além deles, foram presos outros cinco acusados.
Francisco Eduardo da Silva, conhecido como “Mamão” é apontado como braço direito de Fernandinho e trabalhava como Uber em Maceió. Ele possuía seis endereços diferentes para despistar os investigadores, mas terminou sendo preso no Sítio São Jorge, na parte alta da Capital.
Vida custava em média R$ 4 mil
De acordo com o promotor Hamilton Melo, o grupo era organizado e possuía desde olheiros, mandantes e até executores dos alvos. “Vimos que o valor negociado para executar os alvos girava em torno de R$ 4 mil cada”, contou durante entrevista ao TNH1.
Ainda segundo o divulgado pelos promotores e investigadores envolvidos, pelo menos nove homicídios ocorridos em União tem o envolvimento do grupo, são eles:
Romildo Gomes da Silva, ocorrido em 2015, José Alysson da Silva Cavalcante, Vicente Fabrício Vasconcelos da Silva, José Adilson Amorim da Silva, José Jackson Miguel da Silva e Ernande Carlos da Silva todos ocorridos em 2016, o professor de educação Física Luan Douglas dos Santos, em 2017, Clayton Hugo Honório Guimarães, em 2015, e Edilma Maria da Silva, em 2014.
“Todas essa s vítimas possuem algum tipo de ligação com os membros desse grupo presos hoje”, afirmou o delegado da 2ª região Carlos Lins, também envolvido no cumprimento dos mandados. “A motivação geralmente era financeira, mas pelo menos dois dos crimes tiveram também motivação passional”, concluiu Lins.
