Futebol

Cabo reconhece dificuldade ofensiva do CSA, mas afirma: "Final está aberta"

02/04/18 - 19h32
Pei Fon / Portal TNH1

Apesar da derrota no primeiro jogo da final do Campeonato Alagoano, o técnico Marcelo Cabo deixou a disputa em aberto com o CRB. O treinador azulino concedeu entrevista coletiva após a partida, analisou a atuação do CSA, lamentou a falha de Xandão no começo do jogo e afirmou que decisão está aberta.  

"Falei com eles no vestiário, passei tranquilidade. Entendo que o CSA não fez uma má partida. Tivemos o controle do jogo a todo momento. Faltou sim a contundência no último terço. Na hora decisiva a gente precisava ser um pouco mais decisivo nas finalizações, tabelas, cruzamentos, precisava atacar mais essa bola. Chegou na área, mas a gente não atacou a bola. Vamos ter tranquilidade para trabalhar na semana. Falo mais uma vez: a final está aberta. 1 a 0 não reputo que seja uma vantagem expressiva. Se fizermos um gol, vai para os penâltis. Se a gente conseguir reverter o placar. É isso que vamos buscar". 

Cabo também comentou sobre mais uma falha do CSA em clássicos com o rival - na primeira fase, Mota falhou e soltou a bola nos pés de Juninho Potiguar, que marcou o gol da vitória. 

"A gente trabalha, mostra os vídeos, corrige, alerta. Essa bola longa do CRB conversamos a semana toda. Trabalhamos ela no campo, trabalhamos ela no vídeo. Foi uma bola despretensiosa, onde eles estavam com a marcação pressionada, transferiram a bola. E numa indecisão, terminamos tomando o gol. O CSA quando ganha, como ganhou aos 51" [semifinal com o ASA], ganhou todo mundo. Quando perde com uma falha individual ou coletiva, perde todo mundo. Temos que saber assimilar o que aconteceu no jogo, ter tranquilidade, uma semana boa de trabalho, estudar bastante o que precisamos levar para o próximo jogo, para que a gente possa buscar o título". 


(Foto: Pei Fon / Portal TNH1)

O CSA folgou nesta segunda-feira e se reapresenta na tarde desta terça (3). O Azulão tem a semana livre para trabalhar até a decisão no domingo (8), às 16h, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. O Portal TNH1 e a Rádio Pajuçara FM Maceió - 103,7 acompanham a partida. 

Como venceu o clássico por 1 a 0 no domingo (01), o Galo pode até empatar que conquista o tetracampeonato. Para reverter a vantagem do rival, o CSA precisa vencer por dois ou mais gols de diferença para ser campeão. Caso o Azulão ganhe por um gol de diferença, a decisão vai para os pênaltis. 

Veja outros trechos da entrevista coletiva de Marcelo Cabo. 

Avaliação do clássico

"É uma final de 180 minutos. Tivemos um jogo muito equilibrado. Tomamos aquele gol no início, de um erro defensivo. Foi importante que a equipe conseguiu reequilibrar no jogo. Como toma um tipo de gol que tomamos no início, às vezes demora um pouco a você reequilibrar o jogo. Foram aquele cinco minutos após o gol que ficamos um pouco desequilibrados. Mas depois retomamos o jogo e continuamos com a nossa proposta. Sabíamos que seria um jogo muito truncado. Quando você tem uma final de 180 minutos, normalmente o primeiro jogo é sempre muito fechado, muito truncado. São jogos de poucas oportunidades".

"Eles tiveram a felicidade de achar esse gol no início. Depois continuamos trabalhando em cima daquilo que propomos. Uma marcação média-alta, não deixamos eles saírem jogando. Eles baixaram a linha, apostaram no contra-ataque e na bola parada. Acho que o Cajuru só bateu tiro de meta no jogo todo. E infelizmente não conseguimos traduzir essa posse de bola em chances reais de gol, como esperávamos. Temos mais 90 minutos no domingo que vem para reverter essa vantagem que o CRB leva". 

Chances de gol

"O adversário também não chutou nenhuma bola no gol. Eles jogaram com a linha muito baixa. Era muito difícil de penetrar, entrar. Tivemos alguns bons cruzamentos, algumas finalizações de muito longe. Falei no intervalo que a gente precisava trabalhar um pouco aquela quebra de linha para poder ter uma finalização um pouco mais próxima da área. Infelizmente não teve". 

"Tivemos pouco poderio ofensivo, sim. Aquelas finalizações... Choveu muita bola na área. A linha deles estava muito baixa e muito compacta. Tivemos dificuldade para penetrar". 

Reforços para a Série B mexem com atual elenco?

"De forma nenhuma. Todo time no Brasil está se reforçando para o Campeonato Brasileiro. São competições completamente diferentes. Vamos jogar uma competição de 38 jogos, onde tem três jogos em seis dias. A gente precisa de um elenco forte. Precisamos olhar para o lado, ao perder o Rafinha, Leandro (Souza), Daniel (Costa) e ter opções a altura de todos. É isso que o CSA está buscando". 

"Mas acho que o momento agora não é para falar de Série B, é para falar sobre a final. Todos os jogadores que chegaram estavam dentro do planejamento e foram muito bem recebidos pelo grupo. Isso aí só vamos pensar na próxima segunda-feira. Não concordo com a palavra limitado. É o elenco que foi me dado. É o elenco que cheguei e já estava aqui. E eu preciso extrair o melhor deles".