Um canguru morreu e outro ficou ferido após serem apedrejados por visitantes em um zoológico no sul da China, em dias diferentes. A intenção das pessoas seria fazer com que eles pulassem.
Os fatos ocorreram no zoológico de Fuzhou, no início deste mês, provocando indignação entre defensores dos animais.
Uma funcionária do centro de resgate de animais do zoológico disse que o canguru morto era uma fêmea de 12 anos de idade. Ela foi atingida por uma pedra afiada no dia 4 de abril, que provocou forte sangramento no dia seguinte.
Dias depois, um macho de 5 anos ficou ferido quando um visitante jogou parte de um tijolo no recinto do animal.
O criador do canguru do zoológico, identificado como Zhang, disse à imprensa local que os visitantes costumam atirar pedras para fazer os animais pularem, ou para acordá-los.
Depois de saber dos ataques, muitos internautas cobraram providências para reprimir esse tipo de comportamento nos zoológicos.
"Animais no zoológico estão lá para nos ajudar a melhor entendê-los e a nós mesmos. Eles não são responsáveis por fazer o que você quiser. Esses visitantes devem estar na lista negra", escreveu um internauta.
O zoológico tem câmeras de segurança em áreas com animais protegidos, mas a maioria é apontada para os recintos e não para as áreas de visitantes.
O zoológico solicitou financiamento ao governo da cidade de Fujian para instalar câmeras de vigilância de alta definição. Também pediu às pessoas que mostrassem amor pelos animais do zoológico e que os protegessem.
Após os dois ataques, o zoológico reduziu o número de cangurus expostos na zona de visitantes. Agora, apenas três podem ser vistos. O corpo do canguru fêmea morto será preservado para exibição.
"Pessoas alimentando animais com comida humana, ou tocando ou assustando animais de zoológicos são frequentemente vistas na China", disse Sun Quanhui, cientista-chefe da World Animal Protection, organização internacional sem fins lucrativos para o bem-estar dos animais.
“Além de conscientizar o público sobre a proteção dos animais, aqueles que infringirem as regras e causarem ferimentos graves aos animais devem ser investigados por responsabilidade legal”, defendeu.
