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Ao assumir o protagonismo político do impasse envolvendo a Braskem e as vítimas do afundamento do solo em cinco bairros de Maceió o senador Renan Calheiros (MDB/AL) fez valer a sua fama de “o mais profissional dos políticos alagoanos”.
Durante os cinco anos desde a ocorrência do desastre ambiental o senador se manteve omisso em relação ao assunto, assim como quase todos os políticos do Estado.
O vereador Francisco Sales, com base eleitoral em Bebedouro, um dos cinco bairros prejudicados pela indústria, e o senador Rodrigo Cunha (União Brasil), que logo após o episódio promoveu sessão pública no Senado para debater a questão, são algumas raras exceções.
Mas como tudo seu tempo e sua hora, mesmo cinco anos depois Renan Calheiros despertou para o problema e mostrou força, ontem, ao promover nova sessão pública no Congresso Nacional, desta feita com o objetivo específico de evitar que a Braskem seja vendida sem indenizar devidamente a população atingida, o Estado de Alagoas e o município de Maceió.
Um alagoano que participou da audiência desta segunda-feira no Congresso assim expressou seu sentimento após a sessão:
“O Renan é poderoso e certamente irá bloquear a venda da Braskem. E com isso o Estado poderá receber algum dinheiro e as pessoas que ainda não foram indenizadas poderão receber também.”
Outro alagoano participante da audiência também expressou sua opinião, reforçando o peso da influência do senador:
“A entrada do Renan nesse processo deu um novo alento. Ele repete que tem o compromisso do presidente da Petrobras e o presidente do Senado de que não aconteceria nenhuma venda sem que, eventualmente, não tivesse uma intervenção governamental. Lá apareceu o senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula, que reafirmou que nada aconteceria e que ele estava ali em nome do governo, garantindo que nada haveria sem que Alagoas fosse ouvida”.
Na realidade, nunca houve um momento tão favorável como o atual, capitaneado por Renan Calheiros, para uma solução de agrado geral.
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