O Ministério Público do Estado de Alagoas denunciou, nessa segunda-feira (27), José Roberto de Morais, o padrasto do menino Danilo Almeida, de 7 anos, morto no Clima Bom em outubro do ano passado. A denúncia por parte do MPE dá início à ação para que o suspeito seja processado penalmente.
José Roberto está preso desde 7 de novembro do ano passado, em cumprimento a mandados de crimes de estupro e cárcere privado, que o suspeito teria cometido anteriormente à morte do garoto, na cidade de Arapiraca, Agreste do estado. Uma comissão de delegados, da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), foi responsável pelas investigações, que incluíram depoimentos da ex-mulher e a enteada do suspeito, que o reconheceu após a divulgação do caso pela imprensa.
Segundo a denúncia, José Roberto espancava a ex-companheira e estuprou a enteada durante oito anos, tempo em que foram casados. A denúncia foi feita em 2010. Na época, a menina tinha 11 anos. Ele também foi alvo de denúncias da mãe de Danilo, Darcineia Almeida, que em depoimento à polícia, relatou ser vítima de um relacionamento abusivo, com agressões físicas, chegando a ser sedada, e proibida de usar o celular.
A Defensoria Pública chegou a pedir a soltura de José Roberto, mas a Justiça manteve a prisão.
O Caso Danilo
Danilo Almeida, que era gêmeo, foi morto no dia das crianças, com golpes de faca. Apesar de ser um dos crimes de maior repercussão do ano passado em Alagoas, até agora pouca coisa foi esclarecida.
Depoimentos da mãe e do padrastro foram colhidos mais de uma vez, em meio a denuncias de torturas feitas por Darcineia Almeida contra os delegados Fábio Costa e Bruno Emílio, mas a denúncia foi arquivada pelo Ministério Público. Desde então as investigações prosseguiram sem divulgação à imprensa.
