Futebol

Chamusca classifica vitória como emblemática e explica tática do CRB

Paulo Victor Malta | 11/09/19 - 16h01
Marcelo Chamusca, técnico do CRB | Pei Fon / TNH1

O técnico Marcelo Chamusca não escondeu a satisfação com o fim de jejum de vitórias em casa. Após o triunfo do Galo sobre o Brasil de Pelotas, o treinador concedeu entrevista coletiva no Rei Pelé, classificou a vitória como emblemática e explicou a tática utilizada pelo Regatas para ter equilíbrio entre defesa e ataque. 

"A vitória é emblemática porque quebra uma sequência que estava nos incomodando muito, não só a mim, mas comissão técnica, diretoria e jogadores, e nos recoloca numa condição de continuar brigando na primeira página, ali onde sempre foi o nosso desejo. Não adianta, e agora é o momento que nós precisamos ter o máximo de equilíbrio possível, ficar lamentando os pontos que não foram conquistados. Nós começamos o segundo turno da competição, fizemos o nosso terceiro jogo, desses três, ganhamos dois, tivemos 6 pontos conquistados. E agora vamos para uma sequência de dois jogos fora de casa. Teremos 11 dias para recuperar os jogadores, voltar a treinar, focar no Coritiba, que é o nosso próximo adversário, para que a gente continue. A gente tem sido um visitante chato, indigesto em todo canto que vai. O adversário se preocupa porque nós temos uma imposição e uma estratégia muito bem montada. Vamos ter tranquilidade agora para, a partir de amanhã, recuperar os jogadores não só na parte física, mas na parte mental também e começar os trabalhos pensando no próximo jogo", opinou.

Com a vitória, o Regatas encerrou o jejum que perdurava desde o dia 23 de julho, quando ganhou do Criciúma na 11ª rodada. O Alvirrubro chegou aos 33 pontos e assumiu a quinta posição. A pressão era tanta para acabar com a zica em casa que até sal grosso jogaram na escada de acesso do vestiário ao gramado. 

Questionado sobre a movimentação de Lucas Siqueira e a triangulação entre Lucas Abreu, Daniel Borges e Felipe Ferreira pelo lado direito do CRB e o equilíbrio no padrão tático, Chamusca afirmou que esse é um mecanismo difícil de marcar. 

"Eu acho que sim. Por isso que mantive essa formação. Vi que houve um crescimento e tem ali uma mecânica que é difícil do adversário marcar, porque os dois têm características parecidas. Eles conseguem jogar por trás construindo. Tem passe, tem pifada, tem uma série de características que eles conseguem fazer dupla função. Que é consistência na fase defensiva ajudando o Claudinei na marcação, fazendo compensações quando um dos nossos extremos não consegue recompor. A gente treinou isso. Eles fazem isso bem. O Lucas fez no primeiro tempo, o Siqueira várias vezes com o Alisson, que tem um pouquinho mais de dificuldade na recomposição". 


Foto: Pei Fon / TNH1

"No trabalho de análise, que a gente chama de fotografia de jogo, o treino tático no domingo, a gente mostrou que ali eles baixavam em alguns momentos com o extrema do lado esquerdo e ficava na mesma linha do lateral-esquerdo, e ali ia ter um espaço muito interessante para ser utilizado pelos nossos volantes. Dos dois lados, teria um pouquinho mais pelo nosso lado direito. Foi ali que a gente construiu uma série de jogadas". 

"É um trabalho que insere o departamento de análise, a comissão técnica em fazer a leitura dos espaços que o adversário proporciona e os jogadores e creditarem e serem fieis ao plano de jogo e a estratégia que foi montada. Vejo o time ganhando casca, com mais opções. Antes a gente jogava muito mais aqui no 4-2-3-1 e às vezes no 4-2-4 com quatro enfiados na última linha. Hoje estamos conseguindo jogar com um tripé, como jogamos hoje, sem perder força ofensiva. Quando você consegue esse equilíbrio, é um mundo ideal para o treinador". 

O Galo agora tem 11 dias de preparo para enfrentar o Coritiba no sábado (21), às 19h, no Estádio Couto Pereira, no Paraná.