Maceió

Cilindro de GNV tinha marcas de ferrugem e estava com teste vencido, diz Corpo de Bombeiros

Redação TNH1 | 13/10/20 - 10h13
Bruno Protasio/TV Pajuçara

Na manhã desta terça-feira, 13, o Corpo de Bombeiros divulgou informações preliminares da perícia no veículo que explodiu em um posto de combustíveis na Avenida Comendador Gustavo Paiva, em Maceió, nessa segunda-feira, 12.

Segundo o Bombeiros, o cilindro de GNV que explodiu estava com teste hodroestático (que verifica resistência e vazamento) desde 2019, já tendo, inclusive, marcas de oxidação (ferrugem), causadas pelo tempo de uso, "sendo está a provável causa do sinistro", afirma o texto enviado pelo CB à imprensa.  

"A conclusão final das causas do sinistro só com a finalização da perícia, em alguns dias", conclui o CB.

O carro, de modelo Polo Sedan, explodiu enquanto abastecia no posto de combustíveis na Avenida Gustavo Paiva, em Cruz das Almas, no fim da tarde dessa segunda, 12. O condutor estava fora do automóvel com os outros ocupantes e, por sorte, ninguém ficou ferido. O Polo Sedan não ficou em chamas, mas a lataria ficou destruída, assim como peças que foram arremessadas com o impacto.

Segundo o major Alexandre, do Corpo de Bombeiros, a examinação no cilindro identificou que o mesmo foi fabricado no ano de 2005 e o último teste realizado há seis anos, com o vencimento programado para 2019. Com isso, a falha na manutenção ocasionou a explosão.

"O primeiro passo foi procurar, saber se a documentação do carro estava ok, se os testes do sistema de gás estavam em dia. Encontramos o primeiro problema, que uma peça do cilindro não se encontrava no local. A explosão foi forte, teve uma grande produção de energia, e uma parte do cilindro voou por cerca de 150 metros. Felizmente não houve feridos", disse.

 "Essa parte do cilindro foi encontrada duas quadras depois, com todas as indicações, de série, de data de fabricação, e de data do último teste. Identificamos o atraso. Já havíamos analisado e percebemos que ele [cilindro] apresentava danificações causadas pelo tempo, e tudo isso originou a explosão", afirmou em seguida.

O major também informou que foi constatado que o certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros do posto estava vencido e o proprietário foi notificado para regularização. "Não foi isso que causou a explosão, e sim a manutenção do cilindro. Agora a responsabilização é entre o dono do posto e o dono do carro. A função da perícia é identificar a causa", finalizou.

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Algás, distribuidora de gás de Alagoas, estiveram no local e acompanharam a perícia.