O senador Renan Calheiros (MDB/AL) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), não rivalizam apenas na política de Alagoas e na disputa sobre quem é mais importante para a governabilidade do presidente Lula (PT).
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Ambos concorrem também numa disputa diferenciada para saber quem sai mais vitorioso em decisões do Poder Judiciário.
Renan, que está há bem mais tempo na política e por três vezes presidiu o Senado, se vangloria por ter em seu favor cerca de 30 absolvições ou arquivamentos de inquérito.
Lira, bem mais novo, também tem enfrentado embates judiciais e se dado bem até o momento.
No mais recente, o ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça e conterrâneo de ambos, anulou condenação por improbidade administrativa que incluía o presidente da Câmara na Lei da Ficha Limpa.
A acusação é da época de Lira deputado estadual em Alagoas e seu envolvimento na Operação Taturana da PF.
Humberto Martins entendeu que a condenação do parlamentar foi comprometida por falhas processuais.
“Os atos praticados considerados ímprobos assim o foram em razão de alegada violação principiológica tão somente, o que descaracteriza a improbidade administrativa após a modificação legislativa”, disse o ministro.
Como ainda existem pendências judiciais em relação a Renan Calheiros e Arthur Lira, é de se esperar qual deles será o próximo beneficiado por um decisão da justiça.
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