A Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) vai apurar as circunstâncias em que se deu a abordagem policial de uma guarnição da Rádio Patrulha que resultou na morte do jovem Wanderson Sabino de Oliveira, 26 anos, na noite da última quarta-feira,12, no Tabuleiro do Martins.
A família do jovem afirma que Wanderson teria sido executado. Os policiais sustentam a versão de que a vítima estava armada e houve troca de tiros. Wanderson seguia de moto, com o primo adolescente na garupa, quando foi abordado pelos policiais, na altura do supermercado Makro. Segundo o primo, Wanderson não reagiu e nem estava armado. Desceu da moto, colocou as mãos na cabeça. Ele teria recebido um tiro no momento em que os policiais desceram da viatura.
Os policiais afirmam que, ao ser abordado, Wanderson atirou contra a guarnição.
O tenente-coronel Klingemário, corregedor interino da PM, explicou que toda abordagem policial que resulta em morte tem que ser apurada pela corregedoria.
“O encarregado tem 15 dias, que podem ser prorrogados por mais cinco dias, para concluir o procedimento”, disse, ao explicar que o prazo pode ser maior caso haja demora na emissão dos laudos da perícia, a exemplo do exame cadavérico.
O militar disse também que o adolescente que estava na garupa deverá ser ouvido, pois estava no momento da abordagem.
A reportagem da TV Pajuçara conversou com o irmão de Wanderson Sabino de Oliveira, que preferiu não se identificar. Ele nega a versão dos policiais. “Meu irmão não falou nada, não teve reação nenhuma, e eles já chegaram atirando. Meu irmão levou um tiro na cabeça e um tiro na costela”, disse o jovem. A versão teria sido relatada à família pelo adolescente que estava na garupa. Assista a entrevista:
Já a Polícia Militar, baseada na versão dos policiais, afirma que Wanderson estava armado e que teria atirado contra os policiais, versão também contestada pela família.
“Meu irmão é trabalhador, ele não é dessas coisas, ele nem tem arma”, disse o irmão de Wanderson.
