Alagoas

Corregedoria da PM vai apurar denúncia de truculência em abordagem na Chã da Jaqueira 

Eberth Lins | 24/04/24 - 12h20
Segundo a denúncia, policiais teriam ameaçado o homem de morte, e agredido a esposa e o filho dele, de 16 anos | Foto: Cortesia ao TNH1

A Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) abriu um procedimento administrativo para investigar a atuação de policiais envolvidos em uma suposta abordagem truculenta, na Chã da Jaqueira, em Maceió. O caso aconteceu no último dia 17 deste mês e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram três agentes que seriam do 4º Batalhão realizando uma abordagem em frente à casa de um homem. Quatro pessoas estão na porta de casa, uma delas aponta o celular para os policiais. Neste momento, um PM está dando o golpe "mata leão" no homem, enquanto os familiares reagem, tentando impedir. Ele é colocado no chão e algemado, depois levado para a parte de trás da viatura; reveja:

Ao TNH1, a PM informou na noite dessa terça-feira (23) que não foi protocolada denúncia formal, mas que uma investigação preliminar foi instaurada, após o caso se tornar público na imprensa alagoana, de modo que as imagens estão sendo analisadas. 

"Em relação ao fato em tela, mesmo a Corregedoria da PM não tendo, ainda, recebido a denúncia formal, foi aberto procedimento de Investigação Preliminar sobre a abordagem, com base nas informações da imprensa e nos vídeos que circularam na internet. Esses conteúdos estão sendo analisados", disse a corporação.

Os policiais teriam ameaçado o homem de morte, e agredido a esposa e o filho dele, de 16 anos, o que foi exposto publicamente no dia seguinte; relembre:

O homem que gravou o vídeo denunciando a abordagem dos policiais foi baleado, na madrugada dessa terça-feira, e está internado no Hospital Geral do Estado (HGE).  "Sobre o atentado, como preliminarmente não há identificação da autoria, o caso deverá ser investigado pela Polícia Civil de Alagoas", disse a PM quando questionada pela reportagem.

Segundo a Comissão dos Direitos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), os advogados do homem que denunciou a suposta truculência estão preocupados com a integridade física do cliente, que denunciou ainda perseguições desde que tornou pública a abordagem truculenta dos policiais. 

"O Comando-Geral da Polícia Militar de Alagoas reforça que não compactua com possíveis desvios de conduta por parte de seus integrantes e orienta que denúncias de excessos em abordagens policiais devem ser, sempre, oficializadas na Corregedoria da Corporação, condição inicial para que seja aberto o devido Processo Administrativo Disciplinar de apuração dos fatos, garantindo o direito do contraditório e da ampla defesa dos envolvidos", orienta a PM.