Saúde

Covid-19 e influenza aumentam procura por antigripais, que devem ser consumidos com cautela

Assessoria Hapvida | 20/01/22 - 12h53
Ilustração/Reprodução Internet

Espirro, coriza, tosse e nariz entupido. Para muita gente, é praticamente impossível conviver com sintomas de gripes e resfriados, ou até mesmo a covid-19, sem fazer uso de antigripais. As infecções respiratórias, que tiveram um crescimento no número de casos nas últimas semanas, também fizeram aumentar a procura por esse tipo de medicamento. 

Os antigripais estão disponíveis em quase todas as farmácias e, geralmente, podem ser adquiridos sem receita médica. O problema é que, assim como todo remédio, é necessário cautela quanto ao seu uso. O alerta é da imunologista do Sistema Hapvida Maceió, Dra. Gisele Casado, que também destaca a importância do fortalecimento da imunidade nesta época do ano. 

Posologia e reações adversas - A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% das internações hospitalares são causadas por mau uso de medicamentos, como os antigripais. A médica explica que eles aumentam as chances de efeitos colaterais indesejados ou até mesmo de reações alérgicas. 

“Isso acontece porque eles são a mistura de várias medicações em um único comprimido, contando com substâncias antitérmicas, antialérgicas e descongestionantes”, diz. 

A especialista também ressalta a importância de ficar atento à posologia do medicamento, que é a indicação da dosagem correta do remédio, respeitando os intervalos que constam na bula ou no verso da embalagem do produto. 

Saúde do coração - Os médicos aconselham que hipertensos e cardiopatas procurem orientação médica antes de fazer uso de antigripais. O mesmo vale para crianças e gestantes. A imunologista do Sistema Hapvida Maceió reforça essa orientação. 

“O coração é um dos órgãos mais afetados com o abuso dos remédios. Alguns antigripais possuem substâncias vasoconstritoras, que podem contribuir ou agravar quadros de hipertensão ou arritmias. Além disso, há outro problema. Um medicamento pode mascarar os sintomas de uma doença mais grave. No caso de dengue, por exemplo, o paciente pode evoluir para a forma hemorrágica”, ressalta.

Dicas para aumentar a imunidade - Segundo a Dra. Gisele Casado, quando houver dúvidas, é fundamental procurar orientação médica ou farmacêutica para saber exatamente qual medicamento utilizar, conforme a idade, tipo de doença e condições específicas de saúde. A especialista também ressalta a importância de fortalecer a imunidade nesta época do ano evitando, assim, gripes, resfriados e a covid-19. Confira as dicas:

•    Tenha uma boa noite de sono. Descanse o corpo e a mente o máximo que conseguir;
•    Consuma alimentos ricos em zinco, como castanhas e cereais, vitamina c, como acerola e limão, e ômega 3, como atum e sardinha; 
•    Pratique exercícios físicos com frequência para aumentar a produção de anticorpos no organismo.