Contextualizando

Cunha tem de unir política e matemática para ultrapassar Dantas

Em 5 de Outubro de 2022 às 19:44

Já foi dito neste blog, e não é segredo para ninguém, que o governador Paulo Dantas (MDB), candidato à reeleição, é favorito na disputa do segundo turno, contra o senador Rodrigo Cunha (União Brasil).

Não apenas pela diferença de votos que ambos obtiveram no primeiro turno – 46,64% (708.984 votos) de Dantas contra 26,79% (407.220 votos) de Cunha – mas, acima de tudo, porque quem está no poder tem a seu favor a máquina administrativa, que se bem usada é um diferencial considerável em favor de quem a utiliza.

Não é fácil reverter uma diferença de 20% numa disputa de segundo turno ao governo, até porque em Alagoas todos, sem exceção, os que chegaram em vantagem nessa fase da eleição consolidaram a vitória inicial.

A lógica aponta que Cícero Albuquerque, que concorreu pelo PSOL e teve 17.749 votos, feche com Paulo Dantas, até porque ambos convergem para Lula na eleição de Presidente da República e 1,17% já aumenta a diferença para o atual governador.

Matematicamente, Rodrigo Cunha poderia superar Dantas se conseguisse acrescentar aos seus 26,79% os 14,71% de Fernando Collor (PTB), terceiro mais votado (223.585 votos), e os 10,38% (157.746 votos) de Rui Palmeira.

Contudo, nem Collor nem Rui emitiu qualquer sinalização de apoio a Rodrigo Cunha e existe a tendência de que ambos se abstenham no segundo turno.

Em desfavor de Cunha é preciso dizer também que o candidato do União Brasil continua sem se posicionar quanto à candidatura a presidente da República.

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