Delegadas investigam ligação de jovem morto no Village com assassinato de policial

Publicado em 01/08/2016, às 12h07

Por Redação

A delegada Rebecca Cordeiro, integrante da comissão especial designada para investigar o assassinado do policial José Clerio Vieira, 47 anos, morto a tiros em um ônibus no conjunto Village Campestre, em Maceió, no dia 21 de julho, confirmou que um homem executado na madrugada seguinte pode ter sido um dos autores da morte do agente.

De acordo com a delegada, um dos dois adolescentes mortos na madrugada do dia 22 de julho, identificado como sendo N.H.S., de 17 anos,  foi apontado a partir de depoimentos de testemunhas como sendo um dos autores do crime. “As testemunhas têm apontado um homem, assassinado no Village Campestre na madrugada seguinte, como tendo participação na morte do Clerio”, disse.

N.H.S. foi executado, junto com outro adolescente, M.G.S, de 16 anos, na madrugada do dia 22 de julho, horas depois do assassinato do policial. Conforme matéria publicada em primeira mão pelo TNH1, as duas mortes no Village Campestre foram logo associadas ao crime contra o agente de polícia.

A informação foi confirmada ao TNH1 pelo comandante do Batalhão de Policiamento de Guarda (BPGd), tenente coronel Bispo. Na oportunidade, ele atribuiu a autoria do duplo homicídio a grupos de traficantes rivais. “Foi uma solução entre eles, uma vez que a outra facção criminosa, que disputa o poder naquele local, não gostou do aumento do policiamento que foi reforçado devido ao crime”, explicou, em entrevista no dia do fato.

Outros dois homens presos horas após o assassinato de Clerio não tiveram participação confirmada no crime. “Até o momento, temos indícios de que o adolescente tenha participado. Até agora ainda não há ligação entre as prisões e a morte de José Clerio”, explicou a delegada.

Além de Rebecca Cordeiro, as delegadas Teíla Nogueira, da Delegacia de Homicídios, e Maria Angelita, da delegacia de Roubos, integram a comissão que investiga o caso. Além da tese de que Clerio teria sido reconhecido como agente, a polícia também investigada que o crime seja de latrocínio, roubo seguido de morte.

Até o momento ninguém chegou a ser preso por suspeita de participação na morte. Caso alguém tenha pistas que possam levar à prisão dos suspeitos pode denunciar através do 181.

O crime

José Clerio trabalhava na Central de Flagrantes do Farol, de onde havia saído minutos antes de ser abordado pelos bandidos dentro de um ônibus da empresa Real Alagoas, no Village Campestre.

Ele ia para casa quando foi surpreendido pelo anúncio do assalto e reagiu. Após lutar com um dos assaltantes, ele foi atingido por dois tiros. O grupo criminoso fugiu.

O motorista do ônibus ainda dirigiu até o ambulatório 24 horas do Tabuleiro do Martins, na tentativa de buscar socorro para José Clerio, mas ele não resistiu e morreu.

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