Alagoas

Denunciados por mortes em naufrágio vão responder por homicídio qualificado

Redação TNH1 | 06/12/19 - 15h52

As seis pessoas denunciadas pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE-AL) por envolvimento no naufrágio de um catamarã, que deixou duas pessoas mortas, no último dia 27 de julho, na Praia de Maragogi, Litoral Norte de Alagoas, vão responder por homicídio duplamente qualificado, por motivos torpes.

“Por motivos torpes, que é a ganância", frisou a promotora Francisca Paula, em entrevista ao TNH1. "Por não ter tido cuidado, por não ter coletes a prova de água, por ter saído num barco que já tava enchendo a banana desde a praia, com alerta de mau tempo, e sem um deles ter prestado socorro, sendo mergulhador”, continuou a promotora, ao enumerar os motivos que levaram à denúncia, segundo ela, baseada no depoimento de testemunhas.

De acordo com a promotora, Wanderson Ribeiro de de Franca Luna, dono da empresa de mergulho, Simone Valeria Leite, proprietária do barco, Thassio José Timbó Viana, que havia assumido a propriedade do barco, Emanuela Nascimento de Lima, vendedora, o marinheiro Ivanilton Oscar da Silva e Alex, auxiliar de marinheiro seriam os responsáveis diretos pela morte de Maria de Fátima Façanha da Silva, de 65 anos, e Lucimar Gomes da Silva, de 69 anos. As duas estavam entre os 54 turistas e 4 tripulantes da embarcação que colidiu contra uma pedra durante um passeio turístico. 

"O juiz pode receber a denúncia e solicitar a defesa prévia dos acusados. Aí volta para o Ministério Público, que decide se mantém a denúncia ou se modifica, e requerer a audiência de instrução", disse Francisca Paula, ao expliocar ops próximos passos do processo. "Na audiência de instrução, serão ouvidas todas as testemunhas e os acusados". 

O caso

O naufrágio ocorreu no dia 27 de julho. No barco estava um grupo de 54 turistas do Ceará, além de quatro tripulantes. A embarcação naufragou em uma área conhecida como “Buraco”, distante cerca de 3 km da costa, após bater em uma pedra.