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Dilema para os candidatos favoritos: vale a pena participar dos debates?

Em 18 de Outubro de 2022 às 10:49

Vale a pena um candidato que está liderando as pesquisas eleitorais participar de debates na televisão na reta final da campanha, especialmente no 2o turno da disputa?

Essa é uma questão que aflige candidatos, assessores e marqueteiros em momentos como o que estamos vivendo, faltando12 dias para a eleição.

Impõe-se, a propósito, outra indagação: até que ponto o debate influi na convicção do eleitor?

Embora muita gente diga que não assiste a debates, é nesse confronto que se pode avaliar o candidato com mais propriedade: se seu semblante transmite equilíbrio, se ele passa confiança ao eleitor, se sabe reagir a uma provocação, etc.

Ainda mais como agora, quando há apenas dois concorrentes e não existe manipulação de imagens e conteúdo, como ocorre no guia eleitoral, em que um bom marqueteiro é capaz de operar verdadeiros milagres em relação à pessoa do candidato.

Inegável que hoje em dia a internet possibilita a divulgação de imagens e atinge um público incalculável, inclusive com o uso de fake news, que causam efeito devastador e dificilmente permitem a correta identificação dos responsáveis.

Caminhadas, carreatas e outros atos de rua servem mais para o candidato se aproximar fisicamente do eleitor e, se o resultado for positivo, as imagens servem para subsidiar a mídia, mas nada que supere a espontaneidade de um debate na TV.

Daí que muitas vezes, nessa fase da campanha, há casos de candidatos favoritos, porém sem conteúdo intelectual e emocional, que preferem evitar o debate ou são aconselhados a isso.

Ser rotulado de covarde, de fujão, às vezes compensa – mas nem sempre.

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