Polícia

DNA confirma que corpo encontrado na Serraria não é de Davi Silva

13/11/15 - 12h05

Resultado do exame de DNA foi divulgado na manhã desta sexta-feira (13) e descarta que seja jovem desparecido em 2014 (Crédito: Arquivo TNH1)

Resultado do exame de DNA foi divulgado na manhã desta sexta-feira (13) e descarta que seja jovem desparecido em 2014 (Crédito: Arquivo TNH1)

O corpo encontrado no bairro da Serraria, na parte de alta de Maceió, em agosto deste ano, não é do jovem Davi Silva, desaparecido desde agosto de 2014 após uma abordagem policial no bairro do Benedito Bentes.

A conclusão foi divulgada na manhã desta sexta-feira (13), em um laudo da Perícia Oficial, após a conclusão do exame que comparou o DNA do corpo ao dos familiares do jovem.

Esta semana, em entrevista a uma rádio de Maceió, o secretário Alfredo Gaspar de Mendonça já afirmara que o corpo não era do jovem, mesmo antes do resultado do exame. A informação não foi confirmada pela Perícia Oficial na oportunidade, já que eles aguardavam a conclusão do DNA.

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Apesar de familiares de Davi terem afirmado que o corpo encontrado na Serraria pertencia ao jovem, pelo reconhecimento visual, uma característica presente no cadáver levantou dúvidas sobre a identificação. O corpo tinha uma tatuagem, que a família de Davi desconhecia.

A perita criminal Rosana Coutinho, do Instituto de Criminalística de Alagoas, ela recebeu três dentes retirados do cadáver não identificado, que deu entrada no IML de Maceió, no dia 08 de agosto deste ano. Para fazer o exame de confronto genético, foram coletadas amostras de células da mucosa bucal de Maria José da Silva, mãe de Davi.

O laudo completo com todas as informações técnicas e as conclusões finais da perita será encaminhado ainda hoje, 13, para a delegacia que solicitou o exame. A família de Davi Silva também foi informada do resultado negativo de maternidade. 

Investigação sobre o desaparecimento e indiciamento dos militares

O inquérito policial, originário da Delegacia dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes (DCCCA), que apurou o desaparecimento do adolescente Davi Silva, foi encaminhado à Justiça em 12 de fevereiro deste ano.

A investigação aponta que Davi teria desaparecido no dia 25 de agosto de 2014, no Conjunto Cidade Sorriso, no Benedito Bentes, logo depois de ser abordado por uma guarnição da Radiopatrulha, com outro adolescente. Davi foi colocado dentro da mala da viatura e nunca mais apareceu.

A polícia representou pela prisão preventiva de todos os policiais militares, que foram identificados e inquiridos no inquérito policial. Eudecir Gomes de Lima, Carlos Eduardo Ferreira dos Santos, Victor Rafael Martins da Silva e Nayara Silva de Andrade, integrantes da guarnição que abordou o adolescente Davi, foram indiciados pelos crimes de tortura, sequestro e cárcere privado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.