A chamada Rota de Milagres, região no entorno da cidade de São Miguel dos Milagres – que inclui Passo do Camaragibe e Porto de Pedras – foi decantada como um futuro pólo turístico de Alagoas, seguindo Maceió, Maragogi (também no Litoral Norte) e a região dos Cânions do Rio São Francisco.
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Mas a especulação imobiliária tem provocado um efeito contrário ao pretendido: visitantes e nativos sofrem pela falta de planejamento e de infraestrutura na ocupação de uma das áreas mais bonitas de Alagoas.
Seguindo uma tendência já observada na pernambucana Porto de Galinhas e outros cenários degradados do litoral nordestino, o acesso à praia virou privilégio de quem pode frequentar condomínios de luxo, pousadas de grife e mansões à beira-mar.
A especulação imobiliária é apenas uma das questões relevantes no aspecto negativo, pois eliminou completamente o bucolismo que sempre foi marca registrada da região.
As dificuldades começam pelo acesso através de uma rodovia estreita e muito movimentada, em que quebra-molas, motocicletas, ônibus e caminhões são empecilhos para quem se aventura a ir de automóvel.
Acrescente-se a isso o descaso de empreendedores para com o meio ambiente, além dos serviços precários de telefonia celular e internet, incluindo-se nas deficiências coleta de lixo, abastecimento de água e fornecimento de energia elétrica.
O mais preocupante: como não há nenhuma perspectiva de os investimentos retrocederem, a tendência é piorar.
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