Polícia

Dono de prostíbulo e mais dois são presos por assassinar pedreiro com faca peixeira

TNH1 com Assessoria PC AL | 20/01/22 - 10h15
Três suspeitos do crime de assassinato a facadas são presos em Craíbas | Foto: Assessoria

A Polícia Civil de Alagoas, por meio da equipe do 62º Distrito Policial de Craíbas, coordenada pelo delegado Guilherme Martim Iusten, realizou uma operação nessa quarta-feira (19), e conseguiu prender três homens com idades de 40, 28 e 26 anos, suspeitos de um homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa. A vítima foi identificada como Paulo Ferreira dos Santos, de 29 anos.

Os três suspeitos tiveram prisão decretada pelo juiz de Direito da 8ª Vara Criminal de Arapiraca. A ação criminosa ocorreu entre a noite do dia 19 de dezembro e a madrugada do dia 20, no ano passado, no Sítio Charco Fechado, zona rural de Craíbas. Na ocasião, a vítima foi assassinada a golpes de arma branca, tendo uma faca peixeira cravada no pescoço.

O fato ocorreu poucas horas depois que a vítima brigou, ameaçou e humilhou o dono de um prostíbulo bastante conhecido na cidade, na presença de várias pessoas, inclusive, da esposa do homem ameaçado. Além disso, ele chegou a quebrar intencionalmente uma janela do bar.

Pelo que foi apurado, em decorrência da confusão causada pela vítima, o dono do bar, juntamente com seu concunhado e um garçom do estabelecimento perseguiram o pedreiro, num veículo Fiat Punto, de cor branca, e o mataram depois de atropelá-lo.

O cadáver de Paulo Ferreira foi encontrado por populares na manhã da segunda-feira (20), em uma estrada vicinal, no Sítio Charco Fechado, que dá acesso ao Povoado Santa Rosa, zona rural de Craíbas, Agreste de Alagoas. O corpo da vítima estava de bruços, sem camisa, e com uma calça cor vinho e botas. No local havia vestígios de luta corporal, pois o cabo da faca estava ao lado da cabeça da vítima, enquanto a lâmina ficou cravada no pescoço. Um dos braços estava voltado para as costas, numa posição como se um dos autores houvesse segurado a vítima para facilitar a ação criminosa e impedir qualquer chance de defesa.

Testemunhas informaram que Paulo Ferreira era pedreiro, residia no Povoado Mata Limpa, em Lagoa da Canoa, e que teria se envolvido em uma briga no prostíbulo, onde mantinha um relacionamento amoroso com uma das prostitutas. Um dos autores deixou cair no local do crime o relógio que usava naquela noite, tendo sido encontrado pela perícia. Os peritos do Instituto de Criminalística levaram ainda o cabo da faca e demais vestígios para realização de exames.

A pena prevista para o homicídio qualificado é de 12 a 30 anos de reclusão, enquanto para associação criminosa é de 1 a 3 anos, ficando os acusados sujeitos, se condenados, a uma pena máxima de 33 anos de reclusão em regime fechado.