Saúde

Em fevereiro, duas datas alertam para o combate ao alcoolismo e às drogas

CNM | 19/02/21 - 15h18

Duas datas importantes neste mês de fevereiro alertam para os riscos e malefícios do uso de drogas. O Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo foi lembrado na quinta-feira, dia 18, e o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo ocorre neste sábado, dia 20. As campanhas buscam chamar atenção dos brasileiros para os impactos sociais e econômicos da dependência química, além de conscientizar o poder público para a necessidade de ações preventivas.

Por meio do Observatório do Crack, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que o alcoolismo é considerado uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, assim, como a dependência de qualquer droga lícita ou ilícita é caracterizada patológica pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde aponta que 15% da população brasileira enfrenta problemas com o consumo excessivo de álcool.

No Brasil, o hábito de consumir bebidas alcoólicas excessivamente cresceu expressivamente nos últimos anos. Quase 20% da população afirma beber demais. Segundo dados do Ministério da Saúde, a busca de ajuda nas redes credenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por uso alucinógenos durante o isolamento social, por conta da pandemia da Covid-19, cresceu 54%. Isso, entre março e junho, em comparação com o mesmo período de 2019.

Contudo, o fenômeno não é uma exclusividade nacional, e o Relatório Mundial sobre Drogas 2020 das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) mostra que cerca de 269 milhões de pessoas usaram drogas no mundo em 2018 – aumento de 30% em comparação com 2009  – e 35 milhões de pessoas sofrem de transtornos associados ao uso de drogas.

Alcoolismo
Em relação ao consumo de álcool, uma informação preocupante foi trazida pelo 3° Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira: o brasileiro reconhece mais risco do uso do crack do que o de álcool. Enquanto 44,5% acham que o crack é a droga associada ao maior número de mortes no país, apenas 26,7% colocariam o álcool no topo do ranking. Contudo, a OMS indica que 3 milhões de mortes por ano são causadas em todo o mundo em razão do uso nocivo do álcool
 
O alcoolista confirma o prejuízo social e pessoal do abuso da bebida e sofre com a abstinência. No entanto, há algum tempo, as forças estão mais voltadas à prevenção e ao tratamento de pessoas com características de risco, ou seja, têm tendências a se tornarem dependentes. Só que algumas orientações precisam ser mais difundidas. Como por exemplo, a orientação dos Institutos Nacionais de Saúde – NIH – dos Estados Unidos de regras para não se tornar um alcoolista.
 
Recomendação
Elas vão desde a definição de dose máxima por dia, a recomendação de evitar beber em casa ou sozinho e a ingestão de outros líquidos -  água, suco ou refrigerante - para dar uma pausa no álcool. Outra informação que pode ganhar mais destaque é o fato de 50% dos acidentes de trânsito serem provocados pelo consumo de bebidas alcoólicas, segundo dados do Departamento de Trânsito (Detran).
 
Além de trabalhar com o contexto de drogas ilícitas, o Observatório do Crack aborda questões fundamentais sobre o abuso de drogas lícitas e ilícitas buscando conscientizar toda a população sobre os riscos envolvidos. Diante do cenário de crescimento nos números de dependentes, reforça a importância dos gestores municipais trabalharem a temática com a comunidade local.