O ministro Gilmar Mendes reagiu às acusações de “ladrão, vagabundo e comunista”, dirigidas aos integrantes do STF que participam do evento Lide Brazil Conference, em Nova York, ao dizer: “Agressão não encontra abrigo na Constituição, é lamentável”.
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O evento vida debater temas como respeito à liberdade e à democracia no Brasil.
Já o ministro Luís Roberto Barroso considerou os ataques à instituição uma “marca do populismo autoritário”, argumentando que cabe ao STF “limitar o poder político majoritário”, seguindo o que diz a Constituição.
“O papel da Constituição é limitar o poder. De modo que, em última análise, o nosso papel é limitar o poder político majoritário. Em todas as partes do mundo, existe algum grau de tensão entre quem exerce o poder político majoritário e quem tem o papel de conter esse papel político majoritário, de limitar o poder das maiorias”, disse ele.
“Nós não temos lado político. O nosso lado é o lado da democracia e das instituições”, arrematou.
Por sua vez, o ministro Dias Toffoli disse que o Brasil não pode viver nos extremismos: “Nós não podemos deixar que o ódio entre no nosso país. Nós não podemos viver só nos extremismos. Nós não podemos nos deixar levar pelo que aconteceu a Argentina, que a síntese é aquele filme do Ricardo Darín: ‘O segredo dos seus olhos’ — uma sociedade que ficou presa no passado, na vingança, no ódio e olhando para trás, no retrovisor, sem conseguir se superar. O Brasil é muito maior do que isso.”
Também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes defendeu no evento a regulamentação das redes sociais:
“Não há uma regulamentação das redes sociais e isso é um problema mundial. Não é possível que as redes sociais sejam terra de ninguém. Não é possível que as milícias digitais possam atacar impunemente sem que haja uma responsabilização dentro do binômio tradicional da liberdade de expressão, que é liberdade com responsabilidade.”
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