Maceió
Braskem e Prefeitura de Maceió realizam mais um mutirão de limpeza nos bairros
“Temos que equilibrar a preservação da vida e dos empregos", afirma secretário de Turismo.
Hospital Arthur Ramos atinge 100% de ocupação dos leitos de UTI para covid
Guia do IPTU 2021 pode ser emitida pela internet
É falso que hospital privado de Maceió venda doses de vacinas contra a Covid-19
Idoso que estava desaparecido é encontrado morto perto de trilho de trem
Alagoas
Governo, prefeitura e empresariado se reúnem, mas fechamento do comércio em AL continua indefinido
Eleições
Segurança apresenta planejamento para eleição suplementar em Campo Grande
Saúde
Hospital Helvio Auto suspende visitas como medida de segurança contra o coronavírus
Alagoas terá mais de 300 quilômetros de rodovias duplicadas até 2022
Consumidora deve ser indenizada em R$ 8 mil por cobrança abusiva de conta de luz
Alagoas registra mais 11 mortes e ultrapassa 3 mil óbitos por covid-19
Nordeste
Morre ambulante Barruada, famoso por pedir fim de doações após ganhar 'o suficiente'
Pela 1ª vez na pandemia, Salvador tem quase 100 pessoas esperando regulação de leitos
Morre veterinária internada com suspeita de síndrome de Haff, no Recife
Chefe de facção é condenado a 5 anos; ele ainda é acusado de matar ex-esposa e sogra
Sem leitos de UTI, pacientes esperam vaga dentro de ambulâncias em Natal
Com avanço da Covid-19, Pernambuco suspende cirurgias eletivas em 63 municípios
Polícia
Criminosos invadem posto de saúde, quebram vacinas e furtam eletrônicos no Jacintinho
Suspeito de estelionato dá golpe de R$ 400 mil e deixa inacabada obra de sede de entidade que acolhe animais
Em sede de organizada, casal é preso com revólver e materiais usados para fabricação de bombas caseiras
Motociclista com sinais de embriaguez é preso com arma na cintura na AL-101 Sul
Suspeito de matar o próprio sogro é preso após sofrer acidente em Arapiraca
Gente Famosa
LeBron James coloca à venda mansão equivalente a mais de R$ 115 milhões
‘Eu venci’, comemora Carlos Alberto de Nóbrega após Covid-19
Televisão
Netflix confirma 2ª temporada da série brasileira Cidade Invisível
Pelé é vacinado contra a Covid-19: "Dia inesquecível"
Câmara pede ao STF prisão de Danilo Gentili após humorista falar no Twitter em socar deputados
Após oito detenções, pai de Ludmilla tenta reaproximação por dinheiro, diz colunista
Que são tempos difíceis, com enormes desafios emocionais, sociais e financeiros, a gente já sabe, basta olhar em volta. Mas o que muita gente não percebe é que, com a sensibilidade um pouco mais aflorada, é possível encontrar exemplos de pessoas que dão aula de criatividade para fugir das adversidades. É o caso de um entregador de Belo Horizonte que, determinado a conseguir um trabalho na área que estuda, resolveu usar a moto como um outdoor itinerante de seus sonhos – e conta com olhares atentos no trânsito para conseguir realizá-los.
A ideia foi simples: bem na frente da mochila térmica – aquela que os entregadores usam para carregar os lanches -, uma plaquinha feita à mão com os dizeres “Procuro estágio em engenharia civil” e um telefone para contato. Essa foi a aposta de João dos Anjos Almeida Neto, que decidiu usar a curiosidade de outros belo-horizontinos a seu favor. Além de entregador, ele é estudante do último período de engenharia e, em conversa com o BHAZ, contou que já estava há dois meses procurando estágio sem sucesso quando decidiu usar a plaquinha.
“Eu estou trabalhando e procurando estágio e não estava encontrando. Aí a gente percebe vários motoboys na rua e vê que a bag é um ponto que a gente está sempre olhando, então surgiu a ideia”, explica. O jovem de 27 anos já tinha experiência na área, mas precisou começar a fazer entregas para conseguir sustentar a filha e a casa depois que a empresa onde ele trabalhava encerrou o programa de estágio. “Eu fiquei sem nenhuma renda, e aí decidi ir atrás de ser entregador”, lembra.
Corrente do bem
Depois que João colocou a plaquinha na mochila, não demorou muito e várias pessoas desconhecidas começaram a se sensibilizar e tentaram ajudá-lo. “Uma das pessoas foi num consultório. Eu fui buscar medicamento para a minha avó, a moça viu e quis tirar foto. Outra, que fez uma publicação que deu maior destaque, foi no trânsito mesmo. A moça disse que estava atrás de mim, mas não conseguiu ler e quando estava chegando em casa me viu parado. Aí ela postou”, lembra.
E a mobilização ultrapassou até mesmo os limites de BH. “Eu tive bastante contato, várias pessoas até de outros estados, de outras regiões. Muita gente republicou, muita gente mandou para o LinkedIn… Graças a Deus, depois que o pessoal postou, começou a dar muito resultado”, conta o entregador. Os resultados foram além da mobilização e ele também já começou a ter mais esperanças profissionais: João já foi chamado para algumas entrevistas e processos seletivos – mas ainda não conseguiu o sonhado estágio.
Fora do conforto
Apesar das primeiras reações positivas, o encerramento do contrato na empresa anterior ilustra um cenário mais complexo, segundo João. “Eu vejo que a base não está muito boa para engenharia, porque a civil é realmente a primeira a parar [na pandemia]. Mas também é a primeira a voltar em tempos de crise”, avalia. Mesmo assim, apesar de preocuparem o estudante, os altos e baixos da profissão estão longe de desanimá-lo. “Eu sou apaixonado pela engenharia, é algo que eu sempre fui apaixonado, sempre gostei muito. Então, enquanto eu puder escolher, vai ser isso”, afirma.
Ele também sabe que, mesmo quando conseguir o estágio, vai ter que continuar trabalhando como entregador – já que o preço de se viver no Brasil é alto e o valor pago a estudantes é, quase sempre, baixo. “Eu tenho uma filha, pensão, aluguel, manutenção da moto… Eu tenho um certo gasto e, hoje em dia, as remunerações são muito baixas, mas isso é algo que eu já tenho total ciência”, avalia o entregador. Mesmo assim, ele já está preparado: “Eu sei que, neste semestre, provalvemente eu vou fazer a faculdade, fazer o estágio e ainda fazer as entregas”.
Sem medo de trabalho
Nem mesmo os desafios do setor ou o acúmulo de funções são suficientes para desanimar João. “Eu sou uma pessoa que não tem preguiça de trabalhar, não tem medo de trabalho. Essa é a profissão que eu quero ter como minha, então vou fazer o que eu puder”, afirma. Ele acredita ainda que, no futuro, a história cheia de obstáculos será motivo de orgulho.
“Essas dificuldades, eu acho que lá na frente elas fazem você dar valor ao que você cresce, ao que você conquista. Quando você precisa sair do conforto e brigar mesmo, lutar mesmo… Quando você consegue concluir aquela etapa, você sente um orgulho maior ainda”, defende.