O fato político deste domingo no Estado foi a manifestação do presidente do MDB de Alagoas, senador Renan Calheiros, recomendando ao vereador Chico Holanda Filho (MDB Maceió), através das redes sociais, que tire licença do partido enquanto estiver como líder do prefeito JHC (PL).
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“Gostamos muito do vereador, não queremos prejudicar Maceió, mas não podemos pagar o preço da contradição”, afirmou o senador.
Para quem conhece Renan Calheiros, sua posição quanto ao vereador Chico Filho foi muito branda, comparando-se a atitudes que tem tomado em relação a outros personagens políticos.
Ademais, todos os vereadores do MDB em Maceió são considerados da bancada do prefeito JHC, inclusive o presidente da Câmara Municipal, Galba Neto – que, inclusive, no ano passado chegou a assumir a Prefeitura, com a licença do prefeito durante a campanha eleitoral.
Esse novo estilo “paz e amor” tem tudo a ver com a eleição do próximo ano, quando o prefeito JHC, candidatíssimo à reeleição, será o alvo preferencial do MDB – que tem o governador Paulo Dantas, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, os senadores Renan Calheiros e Renan Filho e 64 prefeitos filiados ao partido.
Para o MDB, parece ser recomendável adotar uma atitude mais complacente com os vereadores “rebeldes” de Maceió do que tentar uma punição contra eles e fortalecer politicamente JHC.
O episódio com o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, candidato contra a vontade do MDB, em 2020, numa briga que foi até à Justiça, continua bem vivo na memória dos emedebistas alagoanos.
Renan e o seu MDB estão, em relação aos vereadores “rebeldes” de Maceió, naquela situação em que “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
Ou, se preferirem, entre a cruz e a espada.
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