Esclarecimento: Polícia Civil de AL informa erro em foto de vítima de serial killer

Publicado em 26/02/2025, às 12h53
Divulgação/PCAL
Divulgação/PCAL

por Ana Carla Vieira

Publicado em 26/02/2025, às 12h53

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Polícia Científica de Alagoas esclarecem no final da manhã desta quarta-feira (26), que uma fotografia divulgada como sendo da senhora Genilda Maria da Conceição, uma das vítimas do serial killer Albino dos Santos, na verdade pertence a outra mulher, que está viva.

A denúncia foi recebida inicialmente através do Pajuzap, da TV Pajuçara. A neta, através do contato feito, explicou que a foto da avó, que está viva, foi usada erroneamente no material divulgado na coletiva da Polícia Civil e Instituto de Criminalística.

Em nota, a Polícia Civil de Alagoas disse que o equívoco ocorreu porque a pessoa que aparece na imagem tem o mesmo nome da idosa assassinada. "Para evitar dúvidas, a DHPP e a Polícia Científica estão divulgando a fotografia correta da vítima registrada no dia do crime", disse a nota. Leia na íntegra: 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Polícia Científica de Alagoas esclarecem que a fotografia recentemente divulgada como sendo da senhora Genilda Maria da Conceição, uma das vítimas do serial killer Albino dos Santos, na verdade pertence a outra mulher, que está viva.

O equívoco ocorreu porque a pessoa que aparece na imagem tem o mesmo nome da idosa assassinada.

Para evitar dúvidas, a DHPP e a Polícia Científica estão divulgando a fotografia correta da vítima registrada no dia do crime.

Maceió, 26 de fevereiro de 2025.

Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
Polícia Científica de Alagoas

Serial killer confessou assassinato de idosa, mas 3 irmãos já haviam sido presos por engano

A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) e o Instituto de Criminalística de Maceió forneceram detalhes, em uma coletiva à imprensa, na manhã dessa terça-feira (25), sobre mais crimes atribuídos ao serial killer Albino Santos de Lima. Somando, chegam a 18 os crimes homicídios a Albino e mais seis tentativas de homicídio. Na apresentação feita na coletiva, a polícia listou todas as 18 vítimas do assassino. 

A idosa morta em 2019 tinha 71 anos, foi o primeiro assassinato detectado na linha do tempo dos crimes atribuídos a Albino, em 06/02/2019. "Ele alega que a motivação desse caso é que a idosa, D. Genilda, era uma pessoa complicada na vizinhança, ele não gostava dela. Em relação a todas as outras vítimas, ele alega que tinham envolvimento com facções criminosas. A única que ele admite que não tinha envolvimento foi justamente a D. Genilda", disse o delegado.

Três irmãos foram presos por engano acusados da morte da dona Genilda Maria da Conceição. À época do crime, Antônio Guilherme dos Santos e outros dois irmãos dele foram acusados da morte da idosa. A investigação tinha se baseado nos elementos disponíveis naquele ano, que, segundo informou o delegado Gilson Rêgo, não eram “tão robustos”. O indício era, basicamente, um retrato falado, feito com base no depoimento do neto da vítima, que foi testemunha ocular.

“Com base nisso e no reconhecimento de um desses irmãos, ele foi indiciado na época. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia, que foi recebida pelo Judiciário, e o suspeito chegou a ser pronunciado. Mas com o surgimento desses elementos novos, que nós conseguimos agora, durante as investigações dos crimes do serial killer, nós imediatamente procuramos o Ministério Público e o Poder Judiciário para informar sobre esses elementos novos, para que eles tomassem as medidas processuais cabíveis, no sentido de corrigir essa situação", explicou Gilson Rêgo.

O delegado detalhou que existiam seis processos contra os presos equivocadamente, dos quais quatro já tinham sido arquivados por falta de evidências, restando apenas dois.

A confissão - Foi somente nesta terça que Albino confessou o crime. A informação foi confirmada pelo advogado dele, Geoberto Bernardo, em contato com o TNH1. O homem foi solto depois da confissão do assassino em série e da comprovação balística feita pela Polícia Científica.

Além de assumir a autoria do crime, elementos encontrados no aparelho celular de Albino mostram o envolvimento dele na morte de Genilda, pois constava o nome completo da vítima e a data do assassinato no dispositivo.

O motivo - Durante coletiva de imprensa, o delegado Gilson contou que Genilda foi a única vítima que Albino admitiu que não tinha nenhum tipo de envolvimento com o crime. Ele alegou que a idosa era uma “pessoa complicada” na vizinhança. “Ele não gostava dela”, acrescentou.

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