Esposa de MC Poze do Rodo é alvo de operação contra sorteio de rifas ilegais

Publicado em 01/11/2024, às 09h23
Vivianne Noronha é alvo da operação "Rifa Limpa" | Reprodução/Redes Sociais
Vivianne Noronha é alvo da operação "Rifa Limpa" | Reprodução/Redes Sociais

Por CNN Brasil

A esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, Vivianne Noronha, é alvo de uma operação, realizada na manhã desta sexta-feira (1), que mira um esquema ilegal de sorteios de rifas pelas redes sociais, no Rio de Janeiro.

A operação, chamada de “Rifa Limpa” tem como foco apreender documentos que comprovem fraudes nos processos de realização das rifas e dos itens sorteados aos supostos ganhadores.

Além de Vivianne, outras seis pessoas são investigadas por um suposto envolvimento no esquema:

  • Roger Rodrigues dos Santos, conhecido como Roginho Dú Ouro
  • Jonathan Luis Chaves Costa, conhecido como Jon Jon
  • Leandro Medeiros, conhecido como Lacraia
  • Bolívar Guerrero Silva, cirurgião plástico equatoriano
  • Ítala, secretária do cirurgião plástico
  • Edvania, secretária do cirurgião plástico

A CNN apurou que o médico equatoriano Bolívar Silva vendia rifas de procedimentos cirúrgicos, como implantes de silicone.

Segundo a Polícia Civil do estado, a operação também tem o objetivo de cumprir dez mandados de busca e apreensão e desarticular a organização criminosa, uma vez que a suspeita é de que os autores também estejam envolvidos em lavagem de dinheiro.

Nas redes sociais, o funkeiro publicou um vídeo dizendo que a esposa dele foi indiciada, mas que estão tranquilos. Carros, joias e celulares foram apreendidos, segundo o próprio artista.

As investigações apontam que, ao divulgarem as atividades na internet, os influenciadores tinham, a partir de fraudes, o intuito de obter lucros ilícitos à custa de um grande número de pessoas que participavam dos sorteios.

A polícia destaca que os sorteios divulgados eram baseados em parâmetros da Loteria Federal, o que provocava uma falsa aparência de legitimidade e segurança no momento da publicação.

No entanto, a polícia ainda afirma que não existe uma auditoria oficial para verificar o ganhador real das rifas divulgadas. Além disso, os influenciadores utilizavam um aplicativo personalizado que, por sua vez, levantou suspeitas de fraude.

A Delegacia de Defraudações (DDEF), responsável pela ação, ressaltou que a realização de rifas exige autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), ligada ao Ministério da Fazenda, e apenas instituições sem fins lucrativos têm permissão para promover esses sorteios.

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