Na avaliação do colunista do UOL, entre senadores e deputados, Lira conseguiu emplacar 15 nomes que o apoiam incondicionalmente, além de outros cinco nomes governistas, mas que tiveram seu aval para compor a CPI. Renan Calheiros e Eduardo Braga desistiram.
Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) foram até o presidente Lula (PT) revelar que a maioria dos nomes da CPI era de Lira, e não do governo. Lula respondeu que não teria o que fazer além de tentar partilhar essa maioria que Lira possuía, e os senadores resolveram não participar mais da CPI.
Disputa apertada no Senado.
No Senado, o governo conseguiu emplacar mais nomes na CPI do que Arthur Lira, mas a disputa foi apertada. Apoiado por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de quem é bastante próximo, Lira conseguiu 7 nomes que o apoiam.
O governo, por outro lado, fortalecido pelos seis nomes indicados pelo bloco composto por PT, Rede, PSD e PSB, indicou 8 nomes para a CPI. Grande jogada.
Fortalecido pelo blocão formado por União Brasil, PP, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Patriota, PSDB e Cidadania que surgiu na Câmara, Arthur Lira conseguiu maioria.
O maior bloco indicou cinco nomes, sendo três ‘liristas’ e dois governistas. O suplente do bloco, entretanto, é o bolsonarista (e lirista) Felipe Francischini (União Brasil-PR), que pode substituir um dos outros nomes a qualquer momento.
Lira vetou nome de Lindbergh Farias.
Uma grande esperança da ala comandada por Renan Calheiros era a presença do deputado Lindbergh Farias (PT-PB) na CPI. Lira, entretanto, vetou o nome do deputado. Em um telefone com lideranças do PT, Lira disse que “os ânimos poderiam ficar acirrados” com Lindbergh na CPI e, por isso, o nome do PT foi vetado. Ao menos 15 nomes da CPI são ‘liristas’.
Na avaliação de Tales, Lira conseguiu assegurar 15 parlamentares na CPI e ainda conta com cinco governistas que tiveram seu aval para fazerem parte da CPI. “São 32 integrantes e se tiveram seu aval para fazerem parte da CPI. “São 32 integrantes e se tiver mais de 16, tem maioria. Ele tem 15 e pode chegar a 20”, disse.
Única salvação para Lula é a economia.
Diante do cenário, o colunista do UOL afirmou que a única salvação para o governo Lula é a economia, pois assim, conquistaria o apoio do chamado centrão. ‘Se a economia for muito bem e a população estiver a favor do Lula, o centrão vai lá e se rende, ele não costuma brigar com os fatos. Mas se a economia não for bem, o centrão vai todo com o Lira’, afirmou.