Polícia

Estuprador confesso de menina de 12 anos se nega a falar sobre sumiço de Sandra

João Victor Souza | 14/11/19 - 15h57

Após confessar ter estuprado uma menina de 12 anos em Viçosa, José Taciano da Silva, 38 anos, ainda não foi interrogado pela polícia sobre outro caso, em que é suspeito, envolvendo a família da vítima: o desaparecimento de Sandra Silva Melo de Morais, de 15 anos, irmã da jovem.

De acordo com o chefe de serviço do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Viçosa, Rosalvo Casado, José Taciano seria ouvido ontem, mas se negou a falar sobre o sumiço de Sandra sem a presença do seu advogado.

“A gente tentou ouvi-lo, mas ele pediu a presença do advogado, que mora em Maceió. Como amanhã é feriado, e a escala de serviço muda, nós só vamos interrogá-lo na semana que vem”, afirmou.

Sandra desapareceu em julho deste ano e a polícia acredita que José Taciano, que é tio das meninas, pode ter relação com o caso. Ele também revelou que mantinha um relacionamento extraconjungal com a cunhada, mãe delas. 

“São dois inquéritos, um envolvendo a Sandra e o outro a irmã dela. A investigação do estupro contra a menina de 12 anos está levando elementos para o sumiço da Sandra. Ele é o principal suspeito”, reforçou Rosalvo. 

O TNH1 tentou contato com a defesa de José Taciano, mas não obteve êxito, e deixa o espaço aberto para manifestação da parte. 

"Eu nunca imaginaria", diz pai de vítima

A reportagem também conversou com o pai das meninas, Ildo Melo, que foi ouvido hoje no Fórum de Viçosa. Lá, ele voltou a afirmar que não sabia que a filha estava grávida até o dia do parto. Para ele, José Taciano aparentava ser um homem tranquilo, sem oferecer perigo algum para as meninas.

“Ele frequentava a minha casa, mas depois que ela adoeceu [ficou grávida], ele parou de ir. Ele aparentava ser um cara tranquilo, nunca tive problema. É meio difícil falar sobre isso. Eu nunca imaginaria”, disse ao TNH1.

Ainda de acordo com Ildo, a sua esposa, Ernestina Feitosa da Silva, que teve o nome citado por José Taciano como conivente aos abusos, alegou inocência. “Minha esposa disse que vai provar que ele está mentindo”, contou.